Infração às regras
Abuso sexual
Aposentado que abusava de menores em seu condomínio segue preso
Por Mariana Ribeiro Desimone
quarta-feira, 25 de junho de 2014
TJES mantém prisão de advogado acusado de estupro e abuso de menores
O desembargador Adalto Tristão (foto) negou o pedido de habeas corpus para converter a prisão de Abner Simões de Oliveira em domiciliar
O desembargador Adalto Dias Tristão negou habeas corpus para converter a prisão preventiva do advogado Abner Simões de Oliveira em prisão domiciliar. O advogado é acusado de estuprar e abusar duas adolescentes. Os crimes aconteciam na casa do suposto agressor, num condomínio de classe média no bairro Itapoá, em Vila Velha.
De acordo com a polícia, Oliveira, de 76 anos, abusava de diversas crianças que moram no condomínio. Os crimes mais graves teriam sido cometidos contra duas irmãs, de 12 e 17 anos. Segundo o advogado que investiga o caso, Danilo Bahiense, da Superintendência de Polícia Prisional (SPP), elas seriam as duas principais vítimas do advogado. A mais velha teria sido estuprada sistematicamente pelo advogado, e a mais nova sofrido abusos sexuais.
A manutenção da prisão, confirmada na última sexta (20), mantém o advogado no Quartel da Polícia Militar (QCG). O pedido de habeas corpus, impetrado pela Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-ES, exigia a prisão domiciliar, alegando que o Estado não possui sala de Estado Maior, a qual o advogado teria direito.
O desembargador, porém, alegou que na falta da sala de Estado Maior, a cela especial não fere a prerrogativa prevista pelo estatuto da Ordem. “Ora, é direito do advogado ser recolhido preso, antes do trânsito em julgado da sentença, em sala especial do Estado Maior. Basta que se trate de acomodações com as condições mínimas de habitabilidade. In casu, o paciente se encontra recolhido no Presídio do Quartel da Polícia Militar, gozando de todos os privilégios e comodidades de que necessita, tratando-se de uma das melhores dependências do estabelecimento”.
Entenda o caso
Os crimes de abuso cometidos pelo advogado foram denunciados à polícia por moradores do condomínio. O caso é investigado há mais de um ano pelo delegado Danilo Bahiense. Segundo as denúncias, o advogado levava adolescentes para seu apartamento onde cometia abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes. Os moradores também acusavam o advogado de andar pelado pela varanda do apartamento.
O caso chegou a ser encaminhado por Bahiense para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dpca). Mas, segundo o delegado, os moradores fizeram novas deníncias este ano, que o motivaram a retomar as investigações.
Ainda. segundo a polícia, Oliveira abusou de vários jovens do condomínio, mas só teria estuprado uma adolescente de 17 anos. Inclusive a polícia suspeita que a mãe da adolescente tinha connhecimento que o advogado mantinha relações sexuais com sua filha. A outra filha dela, de apenas 12 anos, também sofria abusos do advogado.
Oliveira teria conhecida a mãe e as meninas numa praia de Vila Velha. Como a família é pobre e enfrentava dificuldades financeiras, o advogado teria se protificado a ajudá-las, oferecendo emprego de diarista para a mãe. A partir dessa relação de trabalho ele teria se aproximado das filhas. Em troca dos abusos sexuais e dava presentes e dinheiro às meninas. De acordo com a polícia, ele também mantinha relações com a mãe das meninas.
Fonte: http://seculodiario.com.br/