Administração
Ação da milícia
PM-RJ procura ex-síndico que agia junto a grupo criminoso
Por Mariana Ribeiro Desimone
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Polícia busca ex-síndico de prédio onde milícia agia em Niterói
Quadrilha ameaçava moradores e cobrava taxas de garotas de programa. Segundo a polícia, Orlando de Souza tem ligação com 6 presos.
A polícia procura um homem suspeito de integrar uma milícia que explorava garotas de programa em um prédio no Centro da Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Orlando de Souza é ex-síndico do edifício e, segundo a polícia, tem ligações com seis homens presos semana passada, suspeitos de integrar uma milícia que atuava neste prédio. O grupo ameaçava moradores e também cobrava taxas de garotas de programa, em troca de suposta proteção.
O edifício Nossa Senhora da Conceição era controlado pela quadrilha, desarticulada pela Polícia Civil. O RJTV visitou o condomínio com uma câmera escondida e ouviu relatos de violência. Nos andares de baixo, funcionavam pontos de prostituição e, segundo a investigação, as garotas de programa eram obrigadas a pagar uma taxa de R$ 70 aos milicianos.
De acordo com moradores, um ascensorista foi morto a pauladas e uma mulher teria sido atirada pela janela. Além dos casos de agressão, eles reclamam de músicas com apologia ao sexo e ao crime em alto volume. Eles dizem ainda que eram ameaçados pelos milicianos.
Entre os presos, estão os líderes do grupo: o ex-policial civil Robson de Souza e Silva e o ex-policial militar Flávio da Silva. Também foram presos Anderson Cruz da Silva, Wiliam Antenuzi da Silva, Wilson Oliveira Souza e o síndico Paulo Roberto de Souza.
A denúncia foi feita ao Ministério Público em 2011 e chegou no ano passado ao Conselho de Segurança de Niterói. A quadrilha foi descoberta durante as investigações de um inquérito para apurar a exploração sexual no prédio.
Milícia desarticulada
Na quinta-feira (7), outra milícia que atuava na Zona Oeste do Rio, inclusive em um condomínio do "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal, foi desarticulada em operação da Polícia Civil. Mais de 20 pessoas foram presas, incluindo os suspeitos de serem os chefes da quadrilha. O jogador do Flamengo Luiz Antonio é investigado por suspeita de ligação com os criminosos.
Fonte: http://g1.globo.com/