quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Quadrilha conta com integrantes orientais para facilitar acesso a imóveis. Polícia disse ter prendido seis ladrões em flagrante e identificado quatro. Cinquenta apartamentos de proprietários coreanos foram invadidos por ladrões nos últimos meses em oitos bairros de São Paulo, segundo levantamento do Consulado da Coreia. Apenas no Bom Retiro, no Centro, foram pelo menos 9 casos, como mostrou o Bom Dia São Paulo. Em nota, a Secretaria da Segurança informou que desde 2013 registrou 47 casos de roubos e furtos a residências de imigrantes orientais que vivem na capital paulista e disse que prendeu seis ladrões em flagrante e identificou outros quatro. A polícia diz que está investigando a participação de estrangeiros nos crimes.
Na maioria dos ataques, quem abriu caminho para os assaltantes foram jovens orientais. Por isso, os criminosos costumam passar sem dificuldades pelas portarias. As imagens de câmeras de segurança mostram que um dos ladrões é oriental, o que ajuda a confundir os porteiros.
Uma câmera mostrou que dois rapazes chegaram a pé e não olharam para a portaria. Bastou que um deles tocasse no portão para que ele abrisse. A dupla desceu após 40 minutos com um cofre na mala.
“No dia, o porteiro se atrapalhou com ele pensando que era um morador do 10º andar. Ele [o criminoso] foi direto para a cobertura, que ele roubou”, afirmou o zelador Argentino Nunes Paixão.
Devido às dificuldades na língua, muitos parentes costumavam entrar nos imóveis sem se identificar. Porém, o aumento da frequência dos assaltos, moradores e responsáveis pela segurança dos prédios têm ficado mais atentos para evitar novos casos. Avisos e fotos dos suspeitos foram colocados nas guaritas de prédios nos bairros da Aclimação, na Zona Sul, o que já evitou que apartamentos de dois prédios fossem invadidos. O zelador Inaldo Alves disse que um deles chegou a tentar entrar três vezes no condomínio.
“Ele falou que queria entrar no apartamento porque estava na chave, que veio pegar um documento e falou que saiu pela garagem com um condômino que já é falecido. A gente não deixou entrar”, disse.
O cônsul da Coreia, Young Jong Hong, afirmou que a comunidade coreana tem sido alertada, mas ele diz preocupado. “Tem havido muitos crimes contra a comunidade coreana, mas o número de casos solucionados fica aquém do desejável.”
Fonte: http://g1.globo.com/