Convivência
Animal de estimação
Saber escolher raça pode ajudar a prevenir problemas futuros
Por Mariana Ribeiro Desimone
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Com o meu pet ninguém mexe no condomínio
Saiba como deve ser a convivência dos animais de estimação. Dica é sempre usar o bom senso
Quando o assunto é animal de estimação, principalmente cachorro, dentro do condomínio, todo mundo já deve ter passado - ou conhece alguém que passou - por problemas na hora de decidir ter um bichinho. Isso acontece porque alguns condomínios não aceitam animais de estimação. Mas isso é ilegal. A advogada Márcia Negrisoli explica que uma convenção de condomínio que proíba qualquer tipo de animal, inclusive os cães de pequeno porte, poderá ser contestada judicialmente.
“A legislação brasileira não proíbe a permanência de animais em apartamentos ou casas. Não existe essa proibição nem na Constituição Federal nem no Código Civil. Portanto, o que não é proibido por lei, é permitido”, explica.
Ela alerta, no entanto, que as regras para a boa convivência do pet com a vizinhança podem sim ser decididas nas assembleias de condomínio e, desde que não haja nenhuma decisão absurda, essas decisões devem ser seguidas. “O condômino não deve alterar o destino de sua unidade, bem como não a utilizar de maneira prejudicial ao sossego, à salubridade e à segurança dos demais”.
Em outras palavras, o que deve imperar na convivência de animais de estimação em condomínios fechados é o bom senso. Animais muito barulhentos podem tirar o sossego dos vizinhos. Muitos animais em um espaço pequeno podem transmitir doenças e, nesses casos, os bichinhos poderão ser retirados do condomínio, caso os vizinhos entrem na justiça.
Bom exemplo
Um exemplo de bom senso no convívio com vizinhos é o da escriturária Eliane Trevisan Gomes, 43 anos. Ela tem uma cachorrinha da raça Lhasa Apso em um prédio em Bauru e nunca teve reclamação da vizinhança. O segredo, segundo ela, é seguir à risca as regras do condomínio que , incluem, por exemplo, passear com o cão apenas no colo nas áreas comuns.
“Os animais só podem circular no colo ou em bolsas e/ou caixas de transportes ou outros locais específicos a raça, como gaiolas, nas áreas comuns do condomínio”, explica ela.
Ela ensina ainda que é importante escolher um animal tranquilo para garantir a harmonia no condomínio. “Amamos nossos bichos, mas temos que pensar nos vizinhos que podem não gostar do barulho. Caso o animal seja muito barulhento tem que adestrar. Com a educação do animal é que conseguiremos viver em harmonia. “É bom para as pessoas e melhor ainda para o animal”, garante.
Escolha animais que se adaptam com facilidade
Falar em escolher o animal certo para conviver em condomínio pode parecer maldade, afinal, o ideal é adotar os bichinhos que precisam de um lar e não conseguem encontrar alguém que possa lhes dar o carinho necessário. Mas, para quem mora em condomínios, principalmente em prédios de apartamentos pequenos, não é possível ter qualquer cachorro.
Os vira-latas, por exemplo, costumam ser animais muito agitados e podem, além de destruir a casa, acabar ficando doentes em locais muito pequenos onde eles não tenham espaço para correr e brincar.
Outras raças já se adaptam melhor à vida nos pequenos espaços e também a ficar um tempo maior sozinhos. As raças de cachorros pequenos como Pug, Yorkshire, Chihuahua, Lhasa Apso, Poodle Toy e Shi Tzu ficarão contentes com uma caminhada por dia e, algumas delas, são até um tanto preguiçosas.
Além disso, é preciso pensar na raça ideal se você não tem tempo para passar com o bichinho. Alguns cachorros são bem mais carentes que outros e, para os carentes, a falta de tempo pode até deixá-los doentes.
Fonte: http://www.redebomdia.com.br/