Ambiente

Barra da Tijuca

Condomínio de classe média é multado por despejar esgoto em lagoa

Por Mariana Ribeiro Desimone

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Blitz multa condomínio na Barra por lançar esgoto na Lagoa de Marapendi

 
A Secretaria de estado do Ambiente (SEA) autuou e multou, nesta terça-feira (11), o condomínio residencial Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por despejar chorume e esgoto sem tratamento na Lagoa de Marapendi.
 
A fiscalização teve a participação do Secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e foi promovida pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, com apoio de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e de policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
 
De acordo com a SEA, o síndico do condomínio, Linaldo de Oliveira Figueira, não foi encontrado durante a vistoria mas será autuado e terá de prestar esclarecimentos na DPMA.
 

Chorume no Canal de Marapendi

 
Durante a ação, os técnicos despejaram uma massa de cimento e areia na rede de esgoto do condomínio, impedindo assim que o local continuasse a despejar esgoto in natura no meio ambiente. Os fiscais registraram também o lançamento de chorume na galeria de águas pluviais. Devido ao acúmulo de lixo nos fundos do condomínio, o chorume – um líquido tóxico derivado da decomposição de lixo orgânico – era despejado sem qualquer tratamento na galeria e dali seguia para o Canal de Marapendi.
 
Segundo Carlos Minc, o valor da multa ao Vivendas da Barra, que reúne aproximadamente cem casas de classe média, poderá chegar a R$ 80 mil.
 
“Em maio deste ano, durante uma vistoria nossa, o condomínio foi multado em R$ 22 mil por não ter se conectado à rede da Cedae. Por ser reincidente, o condomínio receberá multa que pode chegar a R$ 30 mil. Pelo descarte do chorume, o valor da multa poderá chegar a R$ 50 mil.”
 
Segundo Minc, há cerca de um ano meio, 150 condomínios da região não tinham ainda se conectado à rede de esgoto sanitário da Cedae. “Atualmente, apenas nove condomínios ainda não se conectaram. Nossas ações de repressão vão continuar ” afirmou o secretário.

Fonte: http://g1.globo.com