Convivência

Boa convivência

Donos de animais devem garantir vacinas e tranquilidade aos vizinhos

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 14 de setembro de 2014


Animal de estimação em condomínio exige atenção de moradores

Proprietários precisam manter animais saudáveis e garantir que eles não perturbem os vizinhos
 
O convívio entre moradores e animais em condomínio para muitas pessoas é algo natural, entretanto, para outras a situação é sinônimo de problema. Em diversos condomínios, a falta de cuidado com os animais e a pertubação do sossego dos vizinhos é tema de discussão e queixas aos síndicos.
 
Segundo André de Souza Rafael, que é síndico de um prédio no Centro de Criciúma, em média, por semana, são recebidos de duas a três reclamações sobre perturbação gerada por animais que ficam sozinhos em residências, enquanto os donos passam o dia no trabalho ou quando viajam e deixam o animal sozinho.
 
“Tem bastante reclamação. A maioria é por causa do dono não estar em casa e que o cachorro fica latindo”, exemplifica.
 
Em grande parte dos condomínios a presença de animais de estimação, de pequeno porte, é permitida, desde que o proprietário respeite algumas exigências. De acordo a administradora de condomínios, Deise Felício Sombrio, o animal não pode circular livremente pelo condomínio, o proprietário deve carregá-lo e a partir do hall de entrada é que o bicho pode ser solto no chão. O dono tem obrigação de manter a carteira de vacinas do animal atualizada e de providenciar um lugar adequado para o animal ficar, caso precise se ausentar e não estiver ninguém na residência para cuidar.
 
“Recebemos bastante relatos de reclamações dos síndicos. Não se pode proibir de ter um animal de estimação, porém, o condomínio conforme a convenção ou regimento interno pode estipular normas as quais os donos de animal devem seguir. Priorizamos o bem-estar do animal e dos condôminos. Quem tem um animal deve zelar por ele, para que tenha uma vida saudável e sobretudo respeitar o vizinho”, esclarece Deise.
 
Desrespeitar estas normas pode significar advertência e multa. No prédio onde Rafael é síndico, por exemplo, o regimento prevê três medidas para a resolver o problema. Primeiro o morador é orientado a resolver o problema, em caso de recorrência ele será notificado formalmente e em último caso penalizado com multa equivalente ao valor da taxa de condomínio.
 
Silvana Del Priore Galli é dona de uma cachorrinha poodle, que vive com ela e a família em apartamento. Para ela ter um animal de estimação é um compromisso assumido que impõe responsabilidades às pessoas. No caso da família de Silvana a cachorra circula por todos os cômodos da casa, mas quando é necessário ela é acomodada em um espaço específico para ela. Em caso de viagem, a poodle é levada para a casa de outros familiares ou para estabelecimentos de hospedagem de animal a fim de garantir o bem-estar da cachorra e evitar a perturbação dos demais moradores. “Ela passeia com a gente, vai no sítio, na casa da minha mãe, ela não fica sozinha”, afirma.
 
Cuidado com o animal - O comportamento hiperativo dos animais geralmente é causado pelo estresse sofrido em situações em que eles ficam sozinhos ou porque foram mantidos fechados por muito tempo. Apresentar diarreia, roer objetos, comer artigos que não são alimento, são as principais características de um animal estressado. Segundo o médico veterinário, Wilson Canassa é importante que o animal receba duas refeições ao dia e que ele tenha períodos de passeio. “Se colocar um monte de comida, ele vai comer tudo de uma vez e vai passar fome mais tarde. O ideal é que eles tenham duas refeições ao dia e que possam ter dois momentos, de 30 minutos, de passeio ao dia”, explica.
 
Outro fator importante no momento de escolher um animal de estimação para condomínio é com a raça a ser escolhida. “Tem raças que soltam pelos, outras não, algumas são mais calmas, outras são mais agitadas. O ideal são cães de pequeno porte. Atualmente o chitsu tem liderado a preferência das pessoas”, comenta Canassa.
 
A hotelaria e a creche para animais são serviços relativamente novos, mas que estão se tornando a alternativa para a muitos donos de animais. Conforme Canassa, que atua no segmento pet, em média, são atendidos 40 animais por mês.
 
 
 
 
 

Fonte: http://www.engeplus.com.br/