Manutenção
Cano estourado
Por ser da unidade, morador deve arcar com prejuízos do condomínio
Por Mariana Ribeiro Desimone
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Cano de apartamento se rompe e causa dano em elevador em SP
Na Vila Prudente, morador terá que pagar R$ 2 mil para consertar elevador. Especialista em condomínio tira dúvidas dos telespectadores do SPTV.
Muitos moradores não sabem de quem é a responsabilidade em determinadas situações do condomínio. Nem sempre o prédio é obrigado a arcar com tudo que acontece nas áreas comuns, como mostrou o quadro “Meu condomínio tem solução”, do SPTV, nesta terça-feira (16). Por isso, é preciso ter cuidado na hora de reivindicar algum direito.
O representante comercial Sérgio Roscani mora em um condomínio na Vila Prudente, na Zona Leste de São Paulo, há oito anos. Ele levou um susto quando o cano que fica embaixo da pia estourou no meio da madrugada. “Acordei umas 2h da madrugada com um barulho. Levantei e fui ver o que estava acontecendo. Quando eu cheguei, o apartamento estava totalmente inundado.”
O apartamento da vizinha e o corredor também ficaram debaixo d’água, mas o prejuízo maior ele só descobriu quando tentou chamar o elevador.
“O elevador estava justamente parado no andar debaixo. Queimou a placa do elevador”, conta ele.
Roscani terá que pagar quase R$ 2 mil para o condomínio pelo conserto do elevador. Isso sem contar com os gastos para arrumar a casa da vizinha. Ele irá arcar com tudo porque a garantia de cinco anos já venceu e o problema é no encanamento dele, não na coluna de água do prédio.
Já o designer gráfico Agnello Vieira, que mora no Brás, também na Zona Leste, tenta um acordo com o condomínio. Os problemas dele começaram quando o prédio foi pintado. A fachada ficou coberta por uma tela de proteção e a parte da frente do estacionamento foi isolada.
Por causa disso, o designer estacionou o carro um pouco mais distante. Mesmo com todo cuidado e distância, não foi possível evitar que a tinta manchasse o carro dele. Os respingos estão espalhados na lataria e nos vidros. Quando ele percebeu as manchas, já estava tudo seco e não adiantou mandar lavar o carro.
“Fui atrás de um amigo que trabalha com carro e ele disse que só polindo. É uma coisa que é um prejuízo, você não percebe. Se eu quiser vender o carro amanhã, eu vou tomar prejuízo”, reclama.
Depois da reclamação, o designer conseguiu fazer um acordo com a empresa responsável pela pintura do prédio, que irá pagar o conserto do carro.
Fonte: http://g1.globo.com/