Administração

Cerca elétrica

Equipamento que matou menino de 5 anos estava fora da norma

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 21 de outubro de 2012


Cerca que eletrocutou menino no DF não estava de acordo com legislação

Menino de cinco anos teve parada cardíaca e morreu na última terça-feira.Tensão máxima deve ser de 8 mil Volts; cerca deve estar a 2,2 m do chão.
 
A cerca energizada que provocou a morte de um menino de cinco anos na última terça-feira (16) no Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia, estava em desacordo com a legislação que trata sobre o uso de cercas elétricas em áreas residenciais.
 
Uma lei distrital de 2004 define que a tensão máxima deve ser de 8 mil Volts, e a corrente de 2 mil Ampéres. A cerca deve ficar a, no mínimo, 2,20 metros do chão. E o proprietário do imóvel deve colocar placas alertando sobre a eletricidade em pontos visíveis.
 
Além disso, a instalação de uma cerca elétrica precisa ser autorizada pelos vizinhos. Quando o muro onde vai ficar a cerca é comum, os moradores dos dois lados precisam estar de acordo. Caso contrário, a cerca deve ficar num ângulo de quarenta e cinco graus para dentro do terreno de quem instalou o item de segurança.
 
A polícia acredita que o dono da chácara não respeitou a legislação vigente para energizar a cerca que provocou a morte do menino, que recebeu uma carga elétrica acima do suportável pelo corpo humano. Para o delegado Alberto Vieira Passos, da 19ª Delegacia de Polícia, a ligação irregular só pode ter sido feita pelo dono da chácara ou com o consentimento dele.
 
“O caseiro não faria isso sem a anuência do proprietário e não tem como vizinhos eletrificarem uma área que pertence a outra pessoa sem que o dono soubesse. O proprietário da casa é o responsável e vai responder por homicídio culposo", afirmou o delegado.
 
O dono da chácara pagou fiança e está em liberdade. Ele não voltou mais ao local, que foi incendiado por moradores do condomínio Sol Nascente, na noite desta quarta (17). Segundo o delegado, é provável que ele tenha voltado para Goiás, seu estado de origem. Se condenado, o dono da propriedade pode ficar preso por até quatro anos.
 
A polícia abriu um novo inquérito para investigar o incêndio, mas disse ser difícil encontrar os responsáveis por atearem o fogo. As chamas foram controladas em pouco mais de uma hora. Não houve registro de feridos.

Fonte: http://g1.globo.com