Segurança
Cerca elétrica
Cuidados ao instalar e para fazer a manutenção são necessários
Por Mariana Ribeiro Desimone
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A segurança e o perigo juntos
Comuns nas residências e comércio do DF, cercas elétricas têm normas para que usuários estejam realmente seguros ao usarem esse equipamento
A cada dia que passa crescem os registros de crimes e os moradores se sentem mais acuados e inseguros. Algumas regiões são mais problemáticas do que outras, mas o certo é que todos os recursos para aumentar a segurança de moradores e dos comerciantes são válidos. As cercas elétricas são uma das opções mais requisitadas nas lojas especializadas em equipamentos de segurança. Por serem tão procuradas pela população, muitas empresas oferecem a instalação e a manutenção desses equipamentos. Como acontece em todas as profissões, existem os bons e os maus profissionais. Por esse motivo é que foi criada, em 2004, a Lei nº 3.297, que determina a voltagem, altura, sinalização etc.
O chefe do Departamento Financeiro do Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comercias do Distrito Federal (Sindicondomínio-DF), Délzio João de Oliveira, afirma que a lei foi implementada visando a segurança da população. “A cerca elétrica não pode pôr em risco a vida de ninguém. Por essa razão a legislação é muito bem-vinda, pois veio para regulamentar esse equipamento de forma que ele realmente proteja e não ameace qualquer desavisado”, observa.
A lei entrou em vigor em janeiro de 2004 e foi aprovada por Maria de Lourdes Abadia, quando era governadora em exercício do Distrito Federal. Com origem em projeto do deputado Augusto Carvalho, a lei determina que, se a cerca estiver na divisória entre imóveis, deverá ser instalada em consenso entre os moradores. Caso o pedido seja negado por algum, só poderá ser instalada com um ângulo máximo de 45 graus de inclinação para dentro do imóvel beneficiado.
Além dessas exigências, ficam claras no artigo 4º as exigências para as empresas e profissionais que instalam o equipamento. A instalação deve ser feita a uma altura mínima de 2,20 m do primeiro fio de arame energizado em relação ao nível do solo da parte externa da calçada do imóvel cercado, sempre que a cerca for instalada na parte superior de muros, grades, telas ou outras estruturas similares.
O equipamento deve prover choques pulsativos em correntes contínuas, adequado a uma amperagem para que ela não seja mortal. “A energia pulsada é a que expele a pessoa, o choque comum prende. Se não for por pulso, o dono da residência pode responder judicialmente”, explica Dézio. A tensão precisa ser de até 8.000 volts, a corrente até dois mili/ampères, energia de pulso: no máximo 5,0 joules; duração do pulso: 0,4 mseg. (mili/segundos) e intervalo entre pulso de 1,25 segundo.
Material é resistente e dura muito tempo
Antes da regulamentação a comercialização das cercas elétricas não tinha um padrão técnico oficial. Como consequência, os custos de produção eram extremamente baixos, bem como os valores de venda, mas não ofereciam a segurança desejada ao usuário. Após a publicação da norma, os fabricantes tiveram de adequar seus produtos de forma a obter evolução tecnológica e de segurança. Raimundo Nonato, da Brava Security, conta que hoje as cercas elétricas são os equipamentos de segurança mais vendidos no mercado, juntamente com os alarmes.
Uma atualização nos últimos tempos foi no material utilizado para passar a corrente:
“As cercas duram vários anos e são muito resistentes. E agora que mudaram o material de aço para nylon melhorou muito. Quando era aço, por causa da dilatação, eles perdiam a resistência muito rápido. Já o nylon não tem esse problema, o que diminui o espaço de tempo entre uma manutenção e outra.”
Entretanto, de uma forma geral, as cercas elétricas são bem populares e podem ser instaladas em quase todos os lugares. “Elas podem ser instaladas em prédios residenciais ou comerciais, casas, condomínios, nos muros ou até nos telhados. Em alguns prédios, por exemplo, as cercas ficam no telhado porque invadem a casa, tirando as telhas.”
Fonte: http://coletivo.maiscomunidade.com