03/02/23 11:57 - Atualizado há 1 ano
As imagens captadas por vizinhos mostram dois adultos, incluindo o salva-vidas do prédio, e duas crianças, de 8 e 11 anos, inconscientes, boiando na borda da piscina. Felizmente, as vítimas foram encaminhadas ao hospital e liberadas horas depois.
Passado quase um mês do ocorrido, não há informações concretas sobre a investigação do caso. Porém, a polícia trabalha com a hipótese de que a corrente elétrica tenha sido gerada por conta das luzes subaquáticas da piscina. Mas os motivos podem ser diversos.
água e eletricidade não podem se encontraralertar os síndicos sobre possíveis riscos de choque elétrico em piscinas e, claro, os cuidados para que isso não aconteça no seu condomínio. Vamos lá?A exemplo do prédio na Colômbia, deve-se sempre lembrar da velha máxima de que água e eletricidade não se bicam.
Nesse sentido, o engenheiro eletricista Edson Martinho, em seu artigo para a ANAPP (Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas), reforça a regra básica: todos os circuitos de energia da região de uma piscina devem estar distantes da área úmida.
Os pontos de atenção são:
É preciso ter cuidado também com quaisquer objetos de estrutura metálica, que comumente estão presentes na área da piscina, como cabos de peneiras para limpeza, escadas e até ganchos de salvamento. Nesses casos, opte por materiais isolantes como fibra de vidro, por exemplo.
Outro risco de choque elétrico em piscinas tem a ver com a iluminação – e nem estamos falando da subaquática ainda.
Basta um único fio com fuga de corrente para deixar tudo energizado à sua volta.
Como falado acima, não se sabe ao certo o que pode ter provocado a descarga elétrica na piscina do residencial na Colômbia. No entanto, o SíndicoNet conversou com o engenheiro civil Zeferino Velloso, diretor da VIP - Vistorias e Inspeções Prediais, o qual apontou algumas causas possíveis do acidente:
consultar e contratar uma empresa ou profissional habilitado nesse tipo de serviço para garantir a segurança. Somente um técnico especializado poderá verificar tanto o sistema elétrico, quanto as condições físicas da região da piscina, bem como especificar as manutenções preventivas e corretivas necessárias."São locais onde as pessoas estão com o corpo molhado, o piso permanece constantemente úmido e as pessoas geralmente não estão com calçados isolantes", explica.
No Brasil, a NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão possui um capítulo específico que prescreve os cuidados mínimos para instalações elétricas de locais contendo banheira, chuveiro, saunas e piscinas.
As informações mais importantes da NBR 5410 a respeito da iluminação subaquática são:
Um destaque especial ao último tópico – o disjuntor diferencial ou disjuntor diferencial residual (DR ou DDR). Trata-se de um dispositivo de proteção utilizado em instalações elétricas, que permite desligar um circuito sempre que detectada uma corrente de fuga. O dispositivo também atua contra curtos e sobrecargas.
A síndica profissional e colunista SíndicoNet Taula Armentano, que atende um condomínio com luzes subaquáticas na piscina, não abre mão do DR, além de ter o cuidado de manter a iluminação em um circuito separado das demais instalações elétricas.
Já a dica bônus da engenheira eletricista Michele Rodrigues é utilizar lâmpadas de LED que apresentam menor potência e, consequentemente, menor corrente elétrica.
Lembre-se que a manutenção da iluminação interna de uma piscina ou mesmo sua adaptação deve ser feita por profissionais capacitados, que atenderão aos requisitos da NBR 5410.
Zeferino Velloso (engenheiro civil e diretor da VIP - Vistorias e Inspeções Prediais); Taula Armentano (síndica profissional); Edson Martinh (engenheiro eletricista); ANAPP (Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas) e Michele Rodrigues (engenheira eletricista).