Jurídico

Começo do ano

Condomínios sofrem com alta da inadimplência em Uberlândia (MG)

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 19 de janeiro de 2014


 Inadimplência em condomínios de Uberlândia cresce no início do ano

Gastos extras neste período prejudicam o pagamento da taxa. Em Uberlândia, existem 2.700 condomínios e número cresce 4% ao ano.
 
A inadimplência nos condomínios cresce no início do ano, em Uberlândia. A época é complicada para o setor, que vive o chamado “trimestre do sufoco” entre dezembro e fevereiro. Os gastos extras das famílias, como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), material escolar e matrícula de escola, jogam a taxa do condomínio para um dos últimos na lista de pagamentos.
 
Os registros oficiais contabilizam 2.700 condomínios na cidade, e o número tem crescido cerca de 4% por ano. Apesar da taxa crescer nessa época, segundo o Sindicato da Habitação de Uberlândia, a taxa média de inadimplência nos condomínios caiu em 2013 e estacionou em 12%, o que ocorreu devido à profissionalização dos serviços de administração e cobrança.
 
De acordo com o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wagner José da Costa, a relação do síndico com o morador está cada vez mais profissional.
 
“O síndico acabou tomando uma consciência de que ele tem que combater diretamente e mais fortemente a inadimplência. Então ele não tem deixado ter um aumento do débito para tomar ações de cobrança ou contratar escritórios de cobrança extrajudiciais", explicou.
 
Moradores inadimplentes podem sofrer penalidades como multa de 2%, juros de 1% ao mês, que podem aumentar de acordo com a convenção, e ficarem impedidos de votarem nas assembleias. Para o síndico Irami Nunes, isso prejudica o planejamento da administração. "Acaba trazendo uma instabilidade na tomada de decisão para investimentos, levando o condomínio a também ficar inadimplente com os fornecedores e prestadores de serviço", afirmou.
 
Para os síndicos, o ideal é que a taxa de condomínio esteja sempre em dia já que ela pode se reverter em mais benefícios para os moradores.
 
“Quando ele paga em dia, é pouco penalizado. Ele acaba pagando por aquele que não consegue, por um motivo ou outro, cumprir o seu compromisso e efetuar o pagamento", concluiu Irami Nunes.

Fonte: http://g1.globo.com/