Ambiente

Construção sustentável

Na Alemanha, novo edifício verde usa alga como fonte de energia

Por Mariana Ribeiro Desimone

terça-feira, 12 de março de 2013


 Primeiro prédio do mundo que usa algas como fonte de energia abre este mês

Projeto realizado por consórcio de empresas será apresentado na Exposição Internacional da Construção, em Hamburgo, na Alemanha.
 
Edifícios sustentáveis estão cada vez mais em pauta nestes tempos de conscientização ecológica. Já falamos de diversos prédios do gênero aqui no Tecmundo, como a torre sustentável gigante da China, movida a energia solar e eólica. Mas e que tal algas abastecendo energicamente uma edificação inteira?
 
Os arquitetos da Splitterwerk resolveram inovar, projetando uma estrutura apelidada de Biarritz, coberta por uma fachada bioadaptativa de microalgas. É a primeira do tipo, e o edifício distinto será apresentado na Exposição Internacional da Construção, em Hamburgo, Alemanha, que acontecerá neste mês de março.
 

Sombra e energia verde

 
Para criar a fachada ecológica, o edifício foi coberto por persianas biorreativas que confinam as algas. Essas persianas permitem que as plantas sobrevivam e cresçam mais rapidamente do que qualquer outra forma. Ao mesmo tempo, elas fornecem sombra para o interior do edifício.
 
Além disso, a armadilha de biorreatores de energia criada pelas algas pode ser usada para gerar energia ao edifício. E essa ideia também já está vingando no Brasil, que pretende construir a primeira fábrica de biocombustíveis feita de algas do mundo.
 

Escala comercial

 
Depois que o edifício estiver concluído, ele será avaliado por cientistas e engenheiros que vão analisar o uso da tecnologia na construção de futuros projetos imobiliários. A concepção do prédio é uma colaboração entre a Splitterwerk, a Strategic Science Consult, a ARUP e a Internacional Colt, todas elas empresas privadas.
 
De acordo com Simon O’Hea, diretor da Internacional Colt, as empresas têm trabalhado duro para enfrentar a enorme quantidade de desafios técnicos, o que tem sido gratificante. Além disso, O’Hea revela também que eles já atingiram um patamar que permite produzir a solução que usa algas vivas como um material inteligente para fornecer energia renovável em escala comercial.
 
“Você não pode ficar mais verde do que isso”, finaliza.

Fonte: http://tecmundo.com.br