Administração
Contra aumento
Moradores do PAR bloqueiam estrada por causa de aumento em condomínio
Por Mariana Ribeiro Desimone
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Moradores bloqueiam BR-146 por reajuste em condomínio em Poços
Condôminos reclamam de reajuste de 30% no valor mensal cobrado.Famílias questionam também a infraestrutura dos apartamentos.
Durante o início da noite desta quinta-feira (20), um trecho da Rodovia BR-146, que liga a zona Sul ao Centro de Poços de Caldas (MG) foi interditado mor moradores de um condomínio residencial. Eles protestaram contra o aumento de 30% no valor da taxa de condomínio nos prédios onde moram 192 famílias do Projeto de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal.
De acordo com os condôminos, o valor da mensalidade subiu de R$ 105 para R$ 140 e apesar de reuniões com a Caixa, nada foi feito. Eles se queixam da falta de infraestrutura nos prédios e apartamentos.
“Não temos condições de pagar por este aumento. Se vivemos aqui, é porque somos pobres”, disse o auxiliar de enfermagem Alexandre Aparecido Bonaldo.
A dona de casa Márcia Aparecida Ferreira também reclama da falta de infraestrutura. “Praticamente todos os dias ficamos sem água aqui, isso sem falar nas infiltrações”, comentou.
O representante da empresa que administra o condomínio, Marcos André da Silva, esteve no local, mas não soube explicar os motivos do aumento da taxa. “Eu não posso falar muito coisa porque eu não sei, mas imagino que o aumento seja por causa dos gastos com os prédios”, pontuou.
Procurado, o gerente administrativo da Pikussa Imóveis, Miguel Ferreira, responsável pela administração do condomínio informou que apenas repassaram o valor determinando pela Caixa Econômica Federal e que esse cálculo é feito de acordo com as despesas e receitas do ano anterior. Quanto às reclamações feitas pelos moradores, ele disse que já está sendo estudada uma forma de melhorar o serviço para os moradores.
Em relação a falta de água, Ferreira informou que o responsável pelo abastecimento é o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Procurada, a assessoria de informação da autarquia esclareceu que não há falta de água no bairro e que o problema está dentro do condomínio. Segundo o Dmae, o problema está dentro do condomínio, onde não foram construídos reservatórios e a pressão da água da rua não é suficiente para subir até os edifícios.
Questionada, a assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal esclareceu que a proposta de reajuste está amparada pela projeção do orçamento necessário para realização das despesas de manutenção. O objetivo é manter o equilíbro das contas do condomínio.
Enquanto isso, os moradores esperam por uma resposta sobre o aumento do valor do condomínio e também sofre a infraestrutura dos prédios. “Caso não resolvam, vamos invadir a Caixa Econômica Federal”, acrescentou Alexandre Aparecido
Fonte: http://g1.globo.com/