Segurança

Contra fogo

Conheça como previnir incêndios em condomínios residenciais

Por Mariana Ribeiro Desimone

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


 Prevenção a incêndios em prédios residenciais

Durante os últimos meses, os incêndios industriais têm se tornado assunto constante no noticiário brasileiro. Mas engana-se quem pensa que a prevenção tem de ocorrer apenas em indústrias, galpões e estabelecimentos comerciais. As residências e prédios residenciais também devem receber atenção de moradores e administradores, fato que é previsto, inclusive, nos decretos estaduais do Corpo de Bombeiros.
 
Essas precauções têm de ser pensadas antes mesmo do início da construção da edificação. Ainda na planta, é obrigatório que o local tenha a aprovação dos bombeiros para que, assim, possa ser dado início às obras, pois seu protocolo é parte indispensável da documentação para liberação na prefeitura municipal.
 
Embora a realidade da maioria dos brasileiros ainda seja bem distante disso, as normas do Estado de São Paulo, por exemplo, têm como exigências mínimas para a construção de edifícios e condomínios residenciais: saídas de emergência, brigada de incêndio treinada, iluminação de emergência, alarme de incêndio (pode ser substituído por interfone ligado a uma central de vigilância 24 horas), sinalização de emergência, extintores e hidrantes. Fatores como acesso para viaturas e estruturas resistentes ao fogo, além de materiais de acabamento e compartimentação vertical, no caso de edificações com altura maior de 12 metros (medidos do piso de descarga ao piso do último pavimento), também são indicados.
 
Com essas medidas implementadas com qualidade e a utilização de equipamentos devidamente aprovados, a edificação terá meios para ser evacuada com segurança, ter o foco do incêndio combatido rapidamente e permitir que o Corpo de Bombeiros seja avisado a tempo. Estas providências não garantem que um incêndio deixe de ocorrer, mas evitam que se alastre e também reduzem a chance de vítimas e perdas patrimoniais.
 
Claro que, além das ações preventivas, é preciso conscientização dos moradores. É imprescindível ter cuidados com o manuseio do gás, do fogão e de fritadeiras com óleo, fazer manutenção das instalações elétricas – que previamente devem ser realizadas de forma correta –, não utilizar benjamins ou muitos equipamentos na mesma tomada, e não fumar em locais fechados e próximos a fontes combustíveis.
 
Mesmo com o Brasil não tendo a prevenção a incêndios em sua cultura, devemos saber que apenas com algumas atitudes simples podemos evitar grandes perdas materiais e, principalmente, deixar de colocar vidas em risco.
 
Felipe Melo é engenheiro eletricista com MBA em Gestão de Projetos e Diretor de Projetos da ICS Engenharia.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/