09/11/23 04:34 - Atualizado há 1 ano
Quem assume o papel de síndico do condomínio, sem experiência, não tem ideia dos desafios que a missão lhe reserva. É certo que entre estes síndicos, muitos têm buscado algum tipo de atualização para melhorar a gestão.
Em geral, os síndicos moradores agem apoiados na boa vontade, na disposição de realizar melhorias ou com base na experiência acumulada na função de conselheiro.
Nos condomínios, os ciclos e as situações se repetem, mas nem sempre a mesma solução poderá ser aplicada em todos os casos. O síndico profissional, por exemplo, tem um arsenal disponível para comandar pessoas e processos, resolver problemas, solucionar conflitos, combater a inadimplência e viabilizar obras e serviços que melhorem a qualidade de vida das pessoas e levem à valorização do patrimônio. Mas os profissionais não são a maioria nos condomínios.
De acordo com o Censo SíndicoNet, realizado em 2021, apurou que os síndicos profissionais comandam 18% dos condomínios brasileiros. Isso revela, que há um enorme espaço de crescimento para a profissionalização do setor, uma vez que há 10 anos os síndicos profissionais estavam em 6% dos condomínios.
Mas isso também mostra que há muito o que fazer para apoiar síndicos moradores ou proprietários de unidades a exercerem seu papel com maior técnica e menor estresse.
Na maioria dos empreendimentos imobiliários que têm sido entregues nos últimos anos, especialmente nas grandes cidades, a predominância é de síndicos e síndicas profissionais. Na implantação dos condomínios, fase inicial bastante delicada, são determinantes a técnica, a liderança e a competência deles para estabelecer as rotinas e os procedimentos necessários para uma boa operação e conservação do condomínio.
É com essa característica que o modelo de síndico profissional tende a se manter na preferência para a gestão de grandes condomínios, complexos multiuso (residencial, comercial e serviços) e condomínios de alto padrão. E nos demais condomínios? Devido ao porte (número menor de unidades), a maioria dos médios e pequenos condomínios, pode ter dificuldade para aprovar mais esse item em sua previsão orçamentária.
Por isso, é necessário que os síndicos profissionais desenvolvam uma solução que atenda a essa fatia do mercado e apresente com clareza que os benefícios de sua atuação podem superar o investimento.
No entanto, deve ser objeto de reflexão o trauma que diversos condomínios - de diferentes portes - apresentam em relação ao modelo de síndico profissional.
O crescimento de profissionais no mercado, muitos sem a devida capacitação, levou a experiências que deixaram uma má impressão e às vezes até algum passivo.
Isso só será superado com o tempo, capaz de dar espaço ao reconhecimento de bons exemplos de atuação de síndicos profissionais que entregam o que prometem.
Por isso, depois de 23 programas da 1ª Temporada do Vídeocast Vem morar BR, no YouTube, ouvindo síndicos e outros profissionais e abordando os desafios da vida em condomínio, relacionei 7 situações que servem a síndicos moradores ou profissionais. Confira:
No fim das contas, profissional ou morador, o síndico deve exercer na plenitude suas responsabilidades legais, atuar com firmeza em defesa da segurança da edificação, bem-estar das pessoas e nas ações que promovam e valorizem a boa convivência e a saúde financeira.
(*) Roberto Viegas é jornalista e palestrante especialista em mercado imobiliário e condomínios. Como diretor de Assuntos Corporativos, realizou mais de 200 implantações de condomínio pelo Brasil numa das maiores incorporadoras do País, onde foi responsável pelo relacionamento com clientes e pela seleção de administradoras de condomínio e de síndicos profissionais. Também é apresentador do videocast Vemmorar.br, no YouTube. E-mail: roberto.viegas@3rgt.com.br