Administração

Direito de moradores

Em S.Bernardo do Campo, condôminos querem mudanças no monotrilho

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 11 de novembro de 2012


 Moradores querem mudar traçado do monotrilho

Residentes de condomínio apontam preocupações com comércio informal e segurança em São Bernardo 

A construção do monotrilho no ABCD começa a despertar críticas de parte de moradores que  residem em áreas por onde a nova linha 18-Bronze vai passar.
 
Residentes do condomínio Domo  se mobilizam para convencer o governo do Estado a alterar o traçado da linha. O projeto original prevê que o monotrilho passe pela avenida Aldino Pinotti - localizada atrás do condomínio, próximo à futura estação Baeta Neves. A proposta  dos moradores é que o traçado passe pela avenida Pereira Barreto. 
 

MOTIVOS

 
A lista de motivos para a alteração do projeto inclui desde o temor pela invasão de privacidade até a proliferação de ruídos.
 
“Não existe um principal temor, mas existem preocupações diversas como segurança, comércio informal, privacidade e a própria desapropriação em si”, explica o membro da comissão São Bernardo Melhor, Felipe Nyitray. O grupo, que reúne os moradores descontentes com a obra,  foi criado para pressionar o Metrô a rever o traçado da linha bronze.
 
O medo da invasão de privacidade é explicado pelo modelo do monotrilho. O trem passa em uma via elevada, a uma altura média de 20 metros, o que desagrada os moradores do apartamento do condomínio. 
 
“Não estava previsto o impacto de vizinhança para a região da Aldino Pinotti [...]. Lá tem dois sobressolos, ele [monotrilho] vai ficar virado  para área da piscina, toda  a área de lazer. E para os moradores que estão nos prédios da região fica muito próximo”, afirma Erika Ferreira Youra, moradora do Domo Home e também integrante da comissão São Bernardo Melhor.
 

ANÁLISE

 
A reivindicação dos moradores foi apresentada ontem durante audiência pública realizada em São Bernardo para discutir a implantação do monotrilho.
 
O Metrô prometeu avaliar o pedido. “[A alteração] tem uma série de implicações de traçado, de custo, que já estão sendo consideradas pela área de Planejamento do Metrô. Mas não temos a resposta ainda”, afirma o arquiteto Alfredo  Nery Filho, coordenador de projetos civis da companhia. 
 

OBRA

 
A linha bronze terá 20 quilômetros de extensão e 18 estações.  Cerca de 340 mil passageiros devem ser transportados por dia.
 
O traçado ligará as estações Tamanduateí do Metrô, à futura estação Estrada dos Alvarengas, passando por São Bernardo, Santo André, São Caetano e São Paulo. O custo da obra é de R$ 4 bilhões.
 

Fonte: http://www.redebomdia.com.br