Administração

Dissídio no PR

Secovi-PR e sindicato de trabalhadores discordam de valor do reajuste

Por Mariana Ribeiro Desimone

segunda-feira, 3 de junho de 2013


Sem acordo com patrões, porteiros vão pra dissídio

Categoria reivindica 20% pra repor perdas dos anos anteriores.

Sem acordo com patrões na reunião de terça-feira, porteiros vão ajuizar dissídio coletivo para definição do reajuste salarial. A data-base da categoria, formada por 12 mil trabalhadores, é maio. O Sindicato dos Empregados em Condomínios e Imobiliárias de Curitiba e Região (Sindicon) pede 20% de aumento, alegando que esse índice é necessário para cobrir a defasagem dos anos anteriores. Já o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR) oferece apenas a reposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou variação de 7,16% nos últimos 12 meses.
 
“Como ano passado houve muita demora na negociação, que foi resolvida na Justiça depois de 30 reuniões e greve de 17 dias, vamos pedir o reajuste na Justiça”, explica o presidente do Sindicon, Hélio Rodrigues da Silva. “Se demorar o julgamento do dissídio, vamos fazer paralisações e manifestações, dependendo do que a categoria decidir”. Silva alega que o salário de boa parte dos trabalhadores do setor é inferior ao mínimo regional, que varia de R$ 882,59 a R$ 1.018,94. O piso de servente é R$ 780, o de porteiro R$ 824 e o de zelador R$ 945. O Sindicon também pleiteia correção da cesta básica de R$ 160 para R$ 232. A proposta patronal é elevar para R$ 180.
 
Segundo o presidente do Secovi-PR, Luiz Antonio Laurentino, os empresários estão tranquilos. “É o início da negociação. Estamos bastante alvissareiros para chegar longo a um denominador comum, já que ano passado o processo foi muito desgastante”, avalia.
 
“Este ano esperamos que não seja tão longo, se bem que o pleito do sindicato laboral está bem além do que podemos conceder. Mas entendemos que pediram alto para chegar a algo razoável”, opina. Laurentino diz que o Secovi não é contra o dissídio. “Entendemos que seja uma maneira de negociar com mais brevidade e menos desgaste”.
 

 

Fonte: http://www.parana-online.com.br/