08/11/10 03:22 - Atualizado há 1 ano
É inegável que implantar um programa de coleta seletiva pode dar trabalho e gerar questionamentos, mas o projeto não precisa ser um monstro de sete cabeças.
Munido das informações certas, o síndico pode instruir moradores e funcionários para que saibam diferenciar mitos e verdades. Assim, o caminho até uma coleta seletiva eficaz no seu condomínio fica muito mais fácil.
Pensando nisso, o SíndicoNet traz as respostas para as 8 principais dúvidas de síndicos e moradores sobre o assunto. Confira abaixo!
Após o período inicial de três meses, o processo começa a tomar forma, e os desvios no caminho vão diminuindo. Aqueles que no início não demonstraram o interesse necessário para participar, podem começar a aderir aos novos hábitos.
Se não houver grandes problemas, em nove meses a coleta seletiva está implantada no seu condomínio!
Em geral, são as pessoas que participam da comissão de coleta seletiva no condomínio, já que têm de pesquisar quem virá fazer a coleta, estimando quanto de material reciclado o condomínio gera.
Também são eles os responsáveis por fazer os primeiros esforços de conscientização dos funcionários, para tanto ainda é preciso encontrar alguém que dê a palestra sobre o tema.
Vale ressaltar que, hoje em dia, existem empresas, como o Instituto Muda, especializadas em assessorar condomínios no processo de implementação e gestão da coleta seletiva no local.
Em geral, se os funcionários não se interessaram pelo projeto é porque ou não o entenderam corretamente ou ganhavam algum lucro revendendo eles mesmos esses materiais.
É importante educar os colaboradores ressaltando que quem vai retirar os reciclados busca todos os tipos de materiais. Também vale reverter para eles uma parcela do que o condomínio arrecadar com a coleta
Atualmente não se separa mais apenas plástico, papel, vidro e metal. Há outros itens que precisam de descarte correto ou podem ser reaproveitados. Veja mais.
As pilhas, por exemplo, são altamente contaminantes. Há redes de supermercados, por exemplo, que contam com pontos de descarte em suas unidades.
O condomínio pode se organizar para guardar pilhas e baterias por um tempo até juntar certo volume e algum funcionário do condomínio pode levar o material ao mercado mais próximo. Outra empresa é a Eco-cel, que é especializada em recolhimento de baterias de celulares.
As lâmpadas fluorescentes contêm materiais que contaminam, como o mercúrio, por exemplo. Há sim a possibilidade de reciclagem, mas quem trabalha com esse tipo de material cobra pela sua retirada.
Em São Paulo, uma possibilidade é entregar essas lâmpadas em grandes home centers e lojas de varejo que se comprometem em reciclá-las, porém, somente em pequena quantia. Uma organização sem fins lucrativos que faz esse trabalho, com coletores espalhados pelas cidades, é a Reciclus.
Se o condomínio tiver uma grande quantidade e quiser destiná-las corretamente, terá que recorrer a empresas de descontaminação de lâmpadas que podem cobrar pelo serviço.
O óleo de cozinha também é bastante contaminante. Estima-se que um litro de óleo possa poluir mais de 20 mil litros de água. Para evitar esse cenário, basta guardar o óleo usado em um grande recipiente.
Geralmente, entrando em contato com alguma empresa que faça a coleta do óleo, a bomba (recipiente) é oferecida gratuitamente – caso da Lirium, em São Paulo, e outras facilmente encontradas na internet.
Segundo as fontes consultadas, o síndico somente terá um trabalho adicional caso participe da comissão de coleta seletiva. E o trabalho dessas pessoas só é realmente grande na fase inicial do projeto.
O acompanhamento demanda, sim, algum esforço, mas é relativamente pequeno. O síndico, como líder, deve motivar o conselho e todos os seus vizinhos a se engajarem pela causa.
Não terão mais trabalho, mas precisam se adequar aos novos procedimentos. Para tanto, precisam ser treinados e instruídos.
Mesmo com todo o trabalho de conscientização dos funcionários, é importante que não recaia sobre eles a responsabilidade de separar o lixo das unidades.
Quando não há envolvimento dos moradores, o material reciclado já chega muito contaminado, e a reciclagem fica comprometida, já que os colaboradores precisam procurar pelos itens recicláveis, como garrafas pet e latas de alumínio, entre itens como fraldas, lixo orgânico e papel higiênico usado.
O lixo é dos condôminos e é, portanto, responsabilidade deles a separação dos materiais. O papel dos funcionários é o de ajudar, verificando se jogaram o saco errado ou até mesmo auxiliando moradores e funcionárias domésticas com dicas para melhorar a coleta seletiva.
Não é aconselhável que um condomínio comece um trabalho de implantação da coleta seletiva com o único intuito de gerar dinheiro. Isso porque o valor de comercialização do material reciclável, em geral, é muito baixo.
É muito improvável que o condomínio consiga ganhar dinheiro com a venda dos recicláveis, por diversos motivos, tais como:
Sim, a retirada é o grande gargalo para uma coleta seletiva bem sucedida. Portanto, deve ser o primeiro item a ser alcançado. Sabendo que a prefeitura, uma cooperativa ou ONG vá recolher o material, aí sim pode-se começar a implantar o projeto no condomínio.
Caso não haja essa possibilidade, e mesmo assim o condomínio queira contar com coleta seletiva, pode-se contratar empresas privadas para retirarem o material em questão. Em São Paulo, empresas como a Instituto Muda prestam esse tipo de serviço de coleta.
Conteúdo SíndicoNet