11/07/23 08:33 - Atualizado há 1 ano
Desde a criação de apps como Uber, 99, Airbnb e outros, o conceito de economia colaborativa vem ganhando espaço na vida dos brasileiros. Inclusive com a chegada dessa prática nos condomínios, que é tendência no mercado imobiliário.
Como esse modelo alternativo de consumo é mais sustentável, econômico e visa ao bom convívio dentro do empreendimento. Além disso, para quem trabalha vendendo produtos ou prestando serviço é uma forma de divulgar seu trabalho e fazer uma clientela praticamente "dentro de casa".
Desse modo, implantar um sistema de economia colaborativa em condomínio é uma nova forma de potencializar os serviços disponíveis no prédio, como também uma maneira de trazer mais conveniência, bem-estar e qualidade de vida para os condôminos.
Então, se você não sabe o que é economia colaborativa e como aplicar esse conceito no seu condomínio, continue lendo este texto e saiba tudo sobre essa tendência.
O conceito de economia colaborativa (compartilhada ou em rede) consiste na criação de um modelo econômico e social que tem como objetivo a partilha de recursos humanos, físicos e coletivos.
Ou seja, todo e qualquer setor que trabalha com a economia colaborativa disponibiliza para a comunidade bens e serviços compartilhados, troca ou permuta.
E, pensando pelo lado de que em um condomínio o coletivo deve ser sempre levado em consideração, por que não adaptar os modelos de economia colaborativa nos empreendimentos?
Nesse sentido, o compartilhamento de serviços e bens cabe perfeitamente na lógica de funcionamento dos condomínios.
Até porque, a forma de consumo atual mudou (mais sustentabilidade, menos exageros) e o mercado imobiliário, para se adaptar a esses novos comportamentos, vem apresentando várias opções de economia colaborativa.
Alguns exemplos são espaços de coworking, lavanderias coletivas e espaços gourmets coletivos.
Pois, além de agradar moradores, o empreendimento traz uma forma de consumo inteligente, sustentável, econômico e, claro, colaborativo.
Além disso, condomínios com economia colaborativa aproximam mais as pessoas e oferecem mais qualidade de vida à comunidade.
Bom, para você conseguir visualizar como funciona a economia colaborativa em condomínio na prática, abaixo separamos alguns exemplos.
São eles:
Em tese, não adianta criar uma economia colaborativa no seu condomínio se os condôminos não comprarem a ideia, não é mesmo?! Desse modo, o primeiro passo é levar o assunto para uma das assembleias e ver qual a opinião das pessoas.
Faça desse resultado um termômetro e pesquise que tipo de atividades e serviços dariam certo no seu condomínio de acordo com o perfil dos moradores. Assim, monte como irá funcionar o sistema (lembre-se de criar regras de uso) e apresente para os condôminos.
Teste o modelo por uns três meses e, se não tiver retorno, aposte em uma comunicação informativa. Veja alguns exemplos:
Ou seja, use argumentos precisos e que evidenciam a economia, o bem-estar e a sustentabilidade do sistema.
Agora, se mesmo assim o modelo não funcionar, faça uma reunião de feedback com os condôminos e peça sugestões de como fazer o projeto decolar, quais as dúvidas e outros serviços que tenham mais valor agregado para eles.
Como já citamos acima, adotar a economia colaborativa no seu condomínio tem várias vantagens. Confira as principais:
Como o intuito é ser colaborativo, com certeza alguma economia esse compartilhamento vai gerar. Seja em combustível, orçamentos, deslocamento e até mesmo em tempo. As reduções acontecem porque são duas ou mais pessoas com o mesmo objetivo dividindo o caminho, tomando como exemplo a carona.
Sabe quando você se cansa só de pensar em ir até uma costureira para consertar aquela roupa há meses na gaveta? Então, pode ter uma no seu prédio. Ou, já imaginou fazer aula de francês bem mais em conta porque um professor que mora no seu condomínio vai dar aulas para um grupo de moradores?
Bom, esses são exemplos de economia colaborativa! Ou seja, esse modelo oferece acesso a bens e serviços que não poderiam entrar no seu orçamento ou na sua rotina.
A base da economia colaborativa é o compartilhamento e para compartilhar é preciso ter confiança. Por isso, o senso de coletividade fica aflorado quando os condomínios promovem esse tipo de sistema.
Dessa forma, o eu, vira nós, e não tem nada melhor do que viver no coletivo, com pertencimento, apoio e confiança na sua própria comunidade.
Atualmente, devido aos diversos problemas ambientais que vem acontecendo, não tem como não prezar pelo consumo sustentável. Assim, por estimular o compartilhamento, a economia colaborativa é uma forma de se utilizar menos recursos naturais e até mesmo uma maneira de não poluir mais o ambiente.
Já que você terá acesso a bens, serviços e atividades que você não teria antes - ou não com as mesmas vantagens - , irá economizar tempo e dinheiro, será mais sustentável e pensará mais no coletivo, provavelmente a praticidade, qualidade de vida e bem-estar serão maiores também.
Pois, como muitas coisas serão feitas pensando no coletivo, a conveniência é uma das vantagens e isso vale ouro nas rotinas apertadas que as pessoas levam hoje em dia.
Já está convencido de que implantar a economia colaborativa no seu condomínio é uma boa ideia? Então mãos a obra, ou seja, chegou a hora de viabilizar esse projeto.
Confira abaixo algumas sugestões de como agir após validação da ideia com os moradores:
Vale lembrar que é preciso estabelecer regras para a boa fluidez do projeto. Assim, projeto e normas devem ser ratificados em assembleia.
Além disso, em caso de dúvidas, recorra a uma assessoria jurídica.
Outra dica muito importante é sempre manter a transparência e a comunicação entre os condôminos. Pois, por mais que tenham regras, um deve confiar no outro e confiança se constrói com o tempo.
Porém, com transparência e comunicação, há maior fluidez e as chances de erro ou problemas são menores.
Para viabilizar a divulgação dos produtos e serviços dos moradores do empreendimento e tornar a economia colaborativa cada vez mais presente no dia a dia dos condôminos, uma ideia é ter um mural físico ou acesso a uma plataforma digital (grupo de whatsapp, facebook, aplicativo) para os moradores escreverem o que oferecem e o que precisam. Tipo um classificados para trocas, vendas e prestação de serviços.
Dessa forma, fica mais fácil conhecer o que os seus vizinhos fazem e negociar algumas trocas, vendas ou permuta!
De acordo com a psicóloga Fabiana Maia, "a partir do momento em que as pessoas vão se familiarizando umas com as outras, criando espaços dinâmicos onde as trocas podem acontecer, há chances de aumentar o grau de colaboração e o espírito de comunidade começa a ser criado", explica.
Ou seja, um simples mural pode ser a porta de entrada do sistema de economia colaborativa no seu condomínio, e também é uma forma de interação entre os condôminos.
Portanto, utilizar desse sistema de compartilhamento é como criar conexões invisíveis entre os condôminos que fazem da vivência no condomínio algo leve, bom, prático e divertido.
Aposte na economia colaborativa e veja os benefícios no seu dia a dia e de todos no seu condomínio!
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