quinta-feira, 2 de maio de 2024
João Alexandrino da Silva pede que polícia identifique e prenda abusador. Violência sexual ocorreu no centro da metrópole do interior de SP; vídeo.
O cozinheiro de 31 anos João Alexandrino da Silva contou à EPTV, afiliada da Globo, que tem saído pouco de casa e que sente medo ao passar pelas ruas do Centro de Campinas (SP) após ter sido vítima de estupro em frente ao condomínio onde mora. Uma câmera de segurança flagrou o crime. Ninguém foi preso até esta publicação.
"Fiquei muito traumatizado. Na verdade, até agora, quando saio para trabalhar, fico olhando para todos os lados pensando que as pessoas vão vir para perto de mim... já fico com medo. Eu quase nem saio da minha casa".
Silva foi vítima de violência sexual, no domingo (28), ao sair do prédio onde mora, na Avenida Doutor Campos Sales. Era madrugada e ele deixava o local para trabalhar.
Enquanto esperava o motorista de aplicativo, o cozinheiro foi atacado por um homem que o segurou por trás e pressionou contra o portão do condomínio. A vítima diz que não conhecia o agressor.
"Eu pensei que era um morador do prédio porque ele tava ali onde digita a senha. Pensei que ele fosse digitar a senha e entrar, só que na hora que eu virei de costas ele puxou minha perna. Eu fiquei sem ação, porque eu já tenho um trauma, sabe? Há cinco anos mataram o meu pai com arma branca".
O cozinheiro disse ainda que o agressor aparentava portar um objeto parecido com uma faca, que tentou baixar a calça da vítima e chegou a tirar o próprio órgão genital para fora da calça. Ele chamou a situação de "humilhante".
"Eu senti uma coisa na perna, sabe? Tipo uma faca. Fiquei tão atordoado, até agora estou, que não tive ação para nada. Ele falou: só não grita".
O estupro consumado, crime pelo qual esse caso foi registrado pela delegacia, é configurado quando a vítima é submetida a uma agressão de natureza sexual mediante violência ou grave ameaça, não sendo necessária a conjunção carnal.
Com a chegada do motorista de aplicativo, a vítima diz que conseguiu se desvencilhar do agressor e correr para o carro. Ela estava a caminho do trabalho.
"Quando eu falei que estava sendo gravado, que tinha câmera de segurança, ele ficou meio intimidado e quis me puxar para o lado onde a câmera não pegava. Só que na hora que ele deu uma bobeira, eu consegui escapar e corri para perto do motorista de aplicativo".
O cozinheiro procurou o 1º Distrito Policial de Campinas, que registrou o caso como estupro consumado, que tem pena prevista de 6 a 10 anos de prisão. A Polícia Civil solicitou as imagens das câmeras de segurança para auxiliar na investigação.
"O caso foi registrado como estupro no 1º DP de Campinas. A equipe da unidade prossegue com as diligências para identificação e localização do autor. Demais detalhes serão preservados devido à natureza da ocorrência", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado.
Já a Guarda Municipal de Campinas informou que realiza ronda rotineira "em todo o Centro durante o dia e à noite", inclusive no local onde ocorreu o crime.
"As ações Meu Bairro Seguro e operações com outras forças policiais também são feitas com frequência", completou a corporação.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2024/05/01/quase-nao-saio-de-casa-cozinheiro-revela-trauma-apos-estupro-em-frente-a-predio-em-campinas.ghtml