Administração
Falta de água
Muito calor e pouca água incomodam condôminos em Cuiabá
Por Mariana Ribeiro Desimone
domingo, 4 de setembro de 2011
Falta d’água atinge condomínio
ALCIONE DOS ANJOS
Da Reportagem
Em meio a mudanças no modelo de gestão da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), com a aprovação pela Câmara de Vereadores de Cuiabá que cria a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, os cuiabanos sofrem com a constante falta d’água nas torneiras, o que é agravado pelo calor excessivo das últimas semanas. O problema no abastecimento de água em Cuiabá tem atingido até mesmo empreendimentos novos como o residencial Bosque dos Ipês, no Paiaguás, onde a união de moradores pela busca de seus direitos garantiu a solução do conflito.
O Bosque dos Ipês é um residencial destinado a servidores públicos que trabalham no governo do Estado, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, entre outros, o empreendimento é de responsabilidade da Construtora Tocantins. As 193 casas foram entregues em março de 2010. A bancária Vanderleia Chaves, 41, lembra que ao se mudar para o residencial sofreu muito.
“Fiquei muitas vezes com a pia cheia de louças sujas, roupa acumulada no cesto sem poder lavar. Mas, o pior era o banheiro. Somos quatro em casa e sempre era muito complicado para tomar banho e deixar o banheiro limpo”, recordou.
O síndico do residencial, Jean Fábio da Silva, 46, funcionário da AL, assumiu o posto em julho, diz que no local moram cerca de 600 pessoas o projeto original previa um poço semi-artesiano no residencial, porém quando a obra foi concluída a água era inutilizada. “O condomínio realizou uma análise da qualidade e confirmou que era imprópria”, então a gestão anterior foi obrigada a comprar oito caminhões-pipa por dia para minimizar o sofrimento dos moradores. “Cada caminhão custa R$ 200 para completar o mês foram necessários 56 caminhões, o que gerava R$ 44,8 mil por mês de divida, ainda tínhamos que pagar o aluguel do caminhão, algo em torno de R$ 9 mil”, contabilizou. “O condomínio gastou algo em torno de R$ 150 mil só de água e mesmo assim controlando o consumo. Por isso não conseguimos realizar outros investimentos em beneficio dos condôminos”, reclamou.
Para resolver o problema os moradores exigiram da gestão que administrava o condomínio, o Ministério Público Estadual foi acionado. Foi firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre prefeitura (Sanecap), Estado (Sinfra a época) e a construtora Tocantins. “O abastecimento ainda é feito um dia sim e um dia não, mas nem se compara com aquela época”, comenta a moradora Vanderleia.
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br