domingo, 11 de janeiro de 2015
Condomínios adotaram rodízio para abastecer apartamentos.Moradores também compraram caixa d'agua e bomba.
Com os problemas no abastecimento de água, dois condomínios de Suzano adotaram medidas para enfrentar a crise hídrica e economizar. As duas unidades ficam na Vila Urupês. Os moradores já percebem diferença no abastecimento.
Os moradores não agüentavam mais a falta constante de água. Por isso, resolveram por conta própria, um problema que deveria ser solucionado pela Sabesp.
A caixa d´agua vivia vazia, porque a pressão que vem da rua não é suficiente para enchê-la. Por isso, eles compraram uma bomba e fizeram uma adaptação com outra caixa d’água. Assim, a água vem da rua, passa pela caixa nova e manda a água para a caixa principal. O custo de R$ 1.200,00 foi dividido entre os moradores.
“Nós chegamos a ficar 65 horas sem água, reclamando com diversos protocolos na Sabesp e nada de resolver. Verificamos que não tinha pressão na água. Com essa caixa no nível da rua, sempre acumula um pouco de água, e ai bombeamos para os apartamentos” disse a síndica Valdirene Fagundes.
São 72 apartamentos beneficiados e desde a instalação, ninguém mais ficou sem água. Mesmo assim, tosos ainda fazem economia. “Tudo o que posso para economizar eu faço. Quando lavo louça, junto e lavo de uma vez só. A mesma coisa com a roupa” disse a aposentada Clarice Ferreira.
Em outro condomínio, também em Suzano, os moradores não puderam fazer a mesma coisa. Eles continuam sem água, principalmente nos blocos de trás.
“Compramos água do caminhão-pipa. Já compramos quatro. E a conta de água do condomínio não diminui. Nesse mês veio R$ 9.419,00. Mês passado, cerca de R$ 9.400. Não baixa o valor da conta, mas a água não vem” afirmou o síndico Horácio Scaglioni.
Quando a água chega, apenas os apartamentos que ficam na frente são abastecidos. No entanto, para redistribuir essa água e também beneficiar os outros apartamentos, o síndico fecha os registros daqueles que ficam na frente. Desta forma, a água é desviada para os fundos. Uma espécie de rodízio de fornecimento do próprio condomínio.
“Nós fechamos a água dos blocos da frente para chegar nos blocos de trás, porque ela chega sem pressão nenhuma. A Sabesp fala que o abastecimento está normal, que o problema é do condomínio. Não é do condomínio. Não tem água, ela chega fraca”.
Fonte: http://g1.globo.com/