Convivência

Final de ano

Para evitar confusões, cestas são opção para dar a funcionários

Por Mariana Ribeiro Desimone

terça-feira, 20 de dezembro de 2011


‘Caixinha’ de Natal pode provocar confusão em condomínios

Listas com contribuições geram constrangimento aos moradores. Para evitar problemas, opção é dar cestas aos funcionários.
 

 

Dar uma contribuição em dinheiro para pessoas que prestam serviços no fim do ano é uma prática já recorrente, a famosa "caixinha" de Natal. Nos condomínios, entretanto, o agrado aos funcionários pode gerar constrangimento entre os moradores e até confusão.
 
Um condomínio da Mooca, na Zona Leste de São Paulo, celebra seu primeiro Natal em 2011. A  lista deixada na portaria para que os moradores assinem e coloquem sua contribuição foi descartada. No prédio, a caixinha de Natal fica lacrada. Cada morador coloca o quanto pode ou acha justo e os próprios funcionários fazem a distribuição.
 
O zelador Ivã Tomaz da Silva sabe bem o que pode acontecer quando há dinheiro envolvido. Em outro condomínio onde trabalhou, parte da caixinha sumiu e um dos funcionários ficou conhecido como pescador.
 
“Ele pescou o cheque com um araminho. Só descobrimos que faltou dinheiro porque o morador deixou um cheque e veio depois perguntar.”
 
Para evitar qualquer confusão entre os moradores e os funcionários, um condomínio de Diadema, no ABC, resolveu dar uma cesta de Natal para cada funcionário - um gasto que já faz parte do orçamento.
 
A cesta de Natal já foi entregue e bem recebida. Agora, o agradecimento pelo serviço prestado e pela atenção dedicada não precisa ser um gesto apenas de fim de ano. A professora Lenira Domingues Ferreira faz questão de mostrar a importância dos funcionários sempre que pode. “Todo dia pergunto se eles querem um suco, um chocolate quente. Afinal eles ficam o dia inteiro ali, sem poder sair do lugar, e são tão próximos da gente.”
 
“Tem que ter caixinha, os porteiros cuidam da gente o ano inteiro, o zelador cuida dos nossos filhos, precisa lembrar deles no fim do ano. Eu recomendo sim a caixinha, bem organizada. O que importa é doar de coração e valorizar essa turma”, diz o advogado Márcio Rachkorsky.

Fonte: http://g1.globo.com