Administração
Gasto extra
Em Santo André, condomíno precisa arcar com custo de caminhão pipa
Por Mariana Ribeiro Desimone
domingo, 26 de janeiro de 2014
Falta de água gera gasto extra em condomínio residencial
Para enfrentar o problema constante de falta d’água e não ficar com as torneiras secas, moradores de condomínio residencial no Parque Erasmo Assunção, em Santo André, terão de arcar com despesas extras. Isso porque é recorrente a necessidade de contratar o serviço de compra de água potável via caminhões-pipa para suprir a demanda.
Desde que se mudaram para o Condomínio Vida Plena Santo André, há cinco anos, os cerca de 600 condôminos do local aprenderam a conviver com a falta d’água e, com isso, a economizar. No entanto, com o problema intensificado neste verão, a solução imediata foi recorrer à compra de água potável. Apenas nesta semana já foram dez caminhões-pipa, com custo total de R$ 10 mil.
“Se fizermos uma conta rápida, chegamos à conclusão de que de dezembro para cá não tivemos nem 180 horas de abastecimento”, reclama o síndico do condomínio há um ano e dois meses, Paulo Chiarioni, 32 anos. Segundo ele, o problema chegou a persistir por até 36 horas.
Uma das pessoas que precisaram mudar a rotina mediante o desabastecimento constante foi o metalúrgico aposentado Laurindo Frassato, 85. Tanto que passou a lavar suas roupas à noite, após às 22h, momento em que há água na rua. “O que me deixa mais indignado é que a conta continua vindo com o mesmo valor”, diz.
Como forma de protesto, a população do bairro passou a pendurar faixas pelas ruas, denunciando o problema e cobrando solução.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) admitiu que o setor de abastecimento Erasmo Assunção é um dos mais afetados com a falta de água da cidade.
Segundo a autarquia, a água enviada para os reservatórios durante a noite e a madrugada não consegue alcançar a capacidade total de reservação. Com isso, cria-se um ciclo: o pouco líquido que ficou reservado é utilizado na sua totalidade até o meio do dia, período em que os moradores se preparam para ir ao trabalho e, em consequência, a água que é enviada no restante do dia não chega a ser reservada, pois a necessidade de consumo constante não permite.
O órgão municipal ressalta que a Avenida Jorge Beretta, onde fica o condomínio, está localizada em um dos pontos mais altos do setor, o que também acaba dificultando a chegada da água.
Sem especificar prazos e valores, a autarquia informa que já possui projetos para melhorar a rede de distribuição no local e busca viabilizar economicamente os estudos.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/