06/09/16 12:16 - Atualizado há 8 anos
A advogada Mila Fernandes Rocha, 43, atua há vinte anos na área de condomínios. Já foi de tudo: moradora, conselheira, subsíndica e síndica dos condomínios onde morou.
Hoje é síndica profissional.
“Tenho confiança que cheguei longe porque sempre busquei qualificação. Mesmo quando era conselheira, fui atrás de formação para entender melhor a gestão de condomínios. Fiz um curso de seis meses em uma renomada instituição aqui em São Paulo e fiz cursos também de gestão de obras, de síndico profissional”, relata Mila.
Mila conta que começou jovem como conselheira do prédio onde residia.
“Eu era bem jovem, mas ficava atenta a coisas como as pastas de prestação de contas, o que era votado em assembleia e o que efetivamente acontecia. Às vezes percebia que nem tudo saia como era combinado e achei que seria uma boa acompanhar”, conta a advogada.
Com o passar do tempo, ela entendeu que nem sempre estar com boas intenções e querer ocupar o cargo de síndico ou de conselheiro era o suficiente para manter o condomínio nos trilhos.
“Muitas vezes, as pessoas se oferecem com boa vontade para as funções de gestão do condomínio, mas não têm tempo e/ou qualificação para realmente ir à fundo na análise das pastas, por exemplo”, argumenta ela.
Por isso, logo que começou como conselheira foi buscar qualificação. Ela também atribui o interesse e familiaridade com o assunto graças à mãe, que sempre foi bastante atuante nos condomínios onde morava.
Depois que se tornou síndica do condomínio onde morava, se sentiu segura para tomar sob sua batuta outros empreendimentos como síndica profissional.
O que a advogada considera ser crucial em sua prestação de serviços são os planos de gestão personalizados, que ela elabora para os seus clientes para ações de curto, médio e logo prazo.
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Outro ponto que ela considera crucial para um bom síndico profissional é o pronto atendimento aos seus clientes.
“Para cada cliente tenho um celular exclusivo. Quando ele toca, já sei de onde é”, argumenta ela.
Além desse contato, ela também disponibiliza whatsapp e e-mail para os moradores conseguirem acioná-la sempre que preciso.
Mila também considera crucial estar presente no condomínio fora do horário comercial, para estar disponível para os moradores.
“Um plantão de noite, depois das 19h, é muito mais confortável para o morador, já que assim ele não precisa chegar mais cedo para encontrar comigo. Eu estou lá quando ele chega”, aponta a gestora.
A agilidade no atendimento também é valorizada e, por isso, a advogada não costuma receber clientes que estejam longe das áreas onde atua, atualmente em Higienópolis.
Um trabalho com tanta personalização, porém, cobra seu preço, já que a advogada não trabalha com prepostos. Todo serviço, planos e plantões são executados pela mesma.
“Para um trabalho nesses moldes, o máximo de condomínios que consigo atender simultaneamente são cinco. Acredito muito que síndico profissional não pode ser fast-food. Tem que ser algo realmente pensado para cada empreendimento”, emenda Mila.
*Esse é o sétimo case publicado pelo SíndicoNet sobre "gestores da vida real". Nossa ideia é mostrar como é o dia-a-dia dos síndicos brasileiros. O primeiro a participar foi um gestor jovem, que optou por ser síndico para agregar a sua vida profissional. O segundo foi o síndico do Copan, um cartão-postal de São Paulo. O terceiro, um gestor preocupado com a representatividade no seu condomínio. O quarto, um porteiro que chegou ao time A dos síndicos profissionais. O quinto, um síndico que passou de morador a síndico profissional. O sexto, um síndico que deixou seu condomínio em dia com o meio ambiente. Quer participar? Escreva para gente aqui!