terça-feira, 10 de outubro de 2023
São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio registram altas cada vez mais tímidas, mas o valor médio do metro quadrado continua em um patamar elevado.
O mercado residencial de aluguel em algumas das principais capitais do país continua em desaceleração neste segundo semestre. O preço médio do metro quadrado registrado em setembro em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, porém, ainda é o maior de toda a série histórica, iniciada em 2019; em Curitiba, o segundo maior. É o que revela o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.
“Após um período de recuperação dos preços no pós-pandemia e de uma alta puxada por um cenário de aquecimento do aluguel, o que se vê é uma acomodação desses valores em todas as cidades pesquisadas. Das quatro, apenas o Rio vive um ritmo um pouco mais lento. Em SP, BH e Curitiba, o movimento é bastante perceptível”, afirma Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar.
Na capital paranaense, a alta dos novos contratos de aluguel atingiu 19,68% nos últimos 12 meses, encerrados em agosto. Foi o menor patamar registrado desde junho de 2022. Apesar da redução do ritmo de crescimento, o preço médio do metro quadrado chegou a R$ 41,78 - 0,14% acima do registrado em agosto. É o segundo maior valor de toda a série histórica. Somente em 2023, o preço do aluguel na capital paranaense subiu 15,48%.
Na capital paulista, o preço médio do metro quadrado dos novos contratos de aluguel subiu 0,98% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o segundo trimestre de 2023. É o menor patamar registrado desde o terceiro trimestre de 2021, quando o valor avançou 0,11% frente ao trimestre anterior.
Segundo o Índice, todos os tipos de imóveis contribuíram para esse cenário. O preço médio do metro quadrado, no entanto, chegou a R$ 58,94, o maior valor registrado desde o início da série histórica.
Na capital mineira, o preço médio do metro quadrado dos novos contratos de aluguel atingiu R$ 32,68 em setembro - 0,15% acima do registrado em agosto deste ano e recorde. Apesar da alta, foi o menor aumento mensal registrado desde novembro de 2022, quando o indicador retraiu 0,25% frente a outubro.
Segundo o Índice, os imóveis de um dormitório impactaram para esse resultado, com queda de 1,83% em comparação com agosto. Foi a primeira retração para este tipo de imóvel registrada neste ano na cidade. Desde dezembro de 2022, os apartamentos tipo studio não apresentavam diminuição do preço médio praticado.
Na capital fluminense, a alta dos preços dos aluguéis tem se estabilizado, mas em um patamar elevado. O preço médio do metro quadrado atingiu R$ 38,87, alta de 0,36% em comparação com agosto e o maior de toda a série. São dois anos de altas consecutivas.
Desde setembro de 2021 não há retração ou estagnação dos preços na comparação mensal. Nos últimos 12 meses, somente 1 dos 35 bairros monitorados pelo indicador teve queda de preço na capital fluminense. A retração foi registrada no Cachambi, onde os preços caíram 2,5% no período.
A metodologia do novo Índice usa um modelo de preços hedônico, flexível, e incorpora dezenas de variáveis estruturais e locacionais para melhorar a qualidade e precisão dos dados. Fatores como tamanho, número de vagas de garagem, acessibilidade a escolas, entre outros, são levados em conta. Como resultado, o Índice se mostra um retrato fiel das tendências no mercado.
Lançado em SP, Rio e Curitiba e Belo Horizonte, o indicador terá periodicidade mensal e, até o final do ano, será lançado em ao menos outras duas capitais brasileiras. Acesse grupoquintoandar.com/indice-de-aluguel para mais informações.
Fonte: Assessoria | QuintoAndar