Ambiente

Individualização da água

Condomínios que optaram por hidrômetros separados economizaram

Por Mariana Ribeiro Desimone

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


Com crise hídrica, condomínios individualizam hidrômetros

Em Suzano, moradores de um condomínio preparam instalação de relógios. Em outros locais, medidas como uso restrito de piscina, foram adotados.   Com a crise hídrica, os condomínios resolveram incentivaras mudanças de hábito nos moradores e individualizar os relógios que marcam o consumo de água.

Em um condomínio de Suzano a construtora entregou os cavaletes para a individualização das contas. Mas a ligação é de responsabilidade do condomínio, que já aprovou a lei e vai fazer as mudanças. “Como todo mundo estava de acordo, vamos fazer a individualização” disse Robson Rogério da Silva, síndico do residencial.

O síndico diz que a última conta de água ficou em R$ 2.714,00 e foi dividida igualmente entre os 79 apartamentos. A expectativa com a individualização é de que haja um consumo mais consciente.

“A empresa nos garantiu uma economia de 30 a 40% no consumo”.

O morador Claus Grossschald Júnior, foi um dos que aprovaram a colocação de relógios individuais. “Quando está individualizado, cada um cuida do seu. Quando mexe no bolso, a pessoa cria consciência que tem que ter essa economia”.

Em um condomínio de Mogi das Cruzes a individualização foi feita logo que os 256 apartamentos foram entregues. Assim, foi mais fácil lançar programas de economia de água. “A gente está numa campanha permanente e queremos fazer um armazenamento para que não venha faltar água no condomínio, porque nosso universo é de 600 apartamentos e seria difícil administrar a falta de água com tanta gente” explica a síndica Martha Lemos de Lima.

O prédio instalou calhas que levam água da chuva para esse reservatório de 500 litros. O uso da piscina agora, é restrito. Mensagens foram colocadas para alertar os moradores. O zelador detalha que essas medidas,  tomadas por causa da crise, ajudaram a diminuir o consumo de área comum do prédio, valor que é dividido entre os condôminos.  “Hoje pulamos de um patamar de R$ 10 por morador para R$ 3, uma economia de 70%. Tudo isso sem grandes impactos, só restringindo o uso da piscina, usando água da chuva para molhar as plantas ”, comentou o zelador Fábio Alexson.

Fonte: http://g1.globo.com/