sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Há cerca de três meses os moradores de um prédio no Bigorrilho, em Curitiba, começaram a ver seus apartamentos invadidos por moscas. “Chegamos a matar 200 em um dia. Por semana gastamos três latas de inseticida, mas elas sempre voltam”, conta a síndica de um prédio na rua Marechal José Bernardino Bormann, Patricia Cana Verde.
Sem conseguir localizar o foco do problema, no dia 9 de agosto ela fez uma reclamação para a Vigilância Sanitária através da Central 156 na internet. Mesmo recebendo a confirmação, (Protocolo 000193957i) nenhum técnico da prefeitura foi ao local.
Patrícia afirma que no prédio não há fossas abertas, mas a quadra tem vários prédios e duas casas. “Em uma delas tem materiais de construção e várias telhas quebradas. Tentamos conversar mas a moradora não foi amigável. Algum técnico teria que vir”, pede.
Apesar de ter confirmado o pedido, na sexta-feira a prefeitura disse não ter encontrado nenhuma solicitação no endereço. “Fiz na internet justamente para ter a prova”, reclama Patrícia.
Segundo a bióloga e professora da PUC-PR Marta Luciane Fischer, o problema não é comum em Curitiba. “Isso parece muito o que ocorre em cidades do interior. É difícil falar do caso específico, mas deve ter uma fossa, lixo orgânico ou esgoto lá”, afirma.
Além do prédio, uma agência bancária próxima também sofre com o problema. Na área também não há nenhum esgoto a céu aberto. “Fezes de animais domésticos na rua poderiam ser um foco, mas não nesta quantidade”, afirma a bióloga, que também alerta para o problema de saúde pública. “Essas moscas podem transmitir doenças principalmente no trato digestivo”, diz.
Fonte: http://www.band.com.br