Convivência
Livro de ocorrências
Relatar incômodos sem ofensas ou linguagem chula é o ideal
Por Mariana Ribeiro Desimone
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Morador deve ter cuidado ao registrar queixas no livro de ocorrências do condomínio
Conviver em um condomínio exige que os moradores saibam conviver com os mais diversos tipos de comportamento. Porém, sempre existem atitudes que podem refletir de forma negativa no dia a dia dos vizinhos.
Para ajudar os moradores a resolverem as pendências internas, existe o livro de queixas do condomínio. Apesar de ser um caminho para resolver os problemas, o condômino deve saber expressar suas insatisfações, já que outros moradores têm acesso ao livro e podem interpretar o texto de diversas formas.
“Muitas vezes, o ideal é tentar descrever o incômodo da maneira mais isenta possível, nunca se utilizando de linguagem chula ou de xingamentos”, explica o diretor da Paris Condomínios, José Roberto Iampolsky.
Segundo Iampolsky, uma reclamação mal formulada ou ofensiva pode até gerar processos judiciais. Como exemplo, ele comentou que, recentemente, um condômino expôs um casal de vizinhos no livro de ocorrências e foi obrigado a indenizar os moradores com mais de R$ 10 mil por danos morais.
Meios para reclamar
Uma das opções dadas pelo diretor como solução para evitar o constrangimento de alguns moradores é o síndico fornecer um e-mail para receber as reclamações. “Para situações desagradáveis, como reclamações referentes a ruídos amorosos ou de namoro de adolescentes nas áreas comuns do condomínio, o síndico pode oferecer um e-mail para que o relato seja entregue apenas a ele. Dessa forma, o síndico tem uma prova de que houve reclamação, mas consegue proteger um pouco a intimidade das pessoas envolvidas no caso”, comenta.
Outra alternativa para evitar a exposição dos condôminos é a conversa presencial. “O síndico pode destacar um dia da semana ou a cada 15 dias para atender os moradores que prefiram esse modo de registrar suas queixas”, explica Iampolsky.
Além do reclamante, o síndico também pode ser responsabilizado pela exposição de outros moradores, caso divulgue informações sobre o problema. “Por isso, sugerimos que o síndico, ao repassar os pedidos registrados no livro de ocorrências, o faça da maneira mais branda possível, transformando o texto em algo que não choque ou transtorne os outros moradores”, afirma o diretor.
Fonte: http://www.infomoney.com.br/