Administração

Mais trânsito

Condomínio em SP atrapalha com carros estacionados na rua

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 29 de junho de 2014


Carros de condomínio prejudicam trânsito em via do Campo Limpo

O projeto original de um condomínio, datado de 1984, não previu a expansão do distrito do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, nem o aumento do trânsito na região. É o que afirmam os moradores do conjunto Parque das Orquídeas, que viram a entrega de mais 20 prédios no fim de 2012. 
 
“Primeiro houve o lançamento da primeira fase, com 13 torres. Depois passou um tempo e agregaram mais sete. Se [o estudo] tivesse sido feito há cinco anos, não teria sido aprovado assim”, conta o publicitário Mauro Toledo, 38, também subsíndico do residencial.
 
Carros estacionados de forma irregular, principalmente nos fins de semana, prejudicam a circulação de microônibus na Estrada dos Mirandas, onde está situado o conjunto. Como consequência, a via não comporta o fluxo de veículos e acidentes de trânsito são frequentes. Mais de 3 mil pessoas estão espalhados em 58 prédios, que somam 1.042 apartamentos.
 
Projeto de condomínio é de 1984 e não previu expansão do distrito
 
“Comportamos uma vaga por residência e há pessoas que têm dois carros. Então, um automóvel tem de ficar para fora, o que estreita ainda mais a rua. Duas lotações não passam”, diz o engenheiro civil Rafael Hoffmann, 29.
 
Os moradores solicitaram para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) uma placa de “proibido estacionar” no local, como forma de solucionar o problema. “Não tivemos nenhuma resposta”, reclama o analista de sistemas Sergio Prado, atual síndico do empreendimento.
 
Desde dezembro, a instalação de dois radares na Estrada do Campo Limpo, em frente a uma das garagens do residencial, também tem gerado queixa. O equipamento multa quem anda na faixa da direita (exclusiva para ônibus), o que atrapalha os moradores.
 
“A via é muito movimentada. Se você não dá a seta antes para acessar a faixa da direita, não consegue passar”, reforça o biomédico Fábio Renato, 33.
 
Procurada, a CET respondeu que os moradores do condomínio podem entrar e sair normalmente da garagem e que só serão autuados se forem pegos, sequencialmente, ao passar pelos dois equipamentos existentes na via.
 
Sobre os veículos estacionados de forma irregular, o órgão disse que está elaborando um projeto que prevê a colocação de placa de proibido estacionar no local, mas não informou o prazo. O órgão também reforçou que vai intensificar a fiscalização.
 
Em resposta, a Secretaria Municipal de Licenciamento destacou que o alvará de aprovação e execução que deu origem ao condomínio é de 1984, quando não existia a figura do polo gerador de tráfego e as exigências de contrapartidas em melhorias viárias.

Fonte: http://mural.blogfolha.uol.com.br/