sexta-feira, 26 de julho de 2024
Imóvel estava à venda desde 2019, num terreno de 11 mil metros quadrados, e fica em área de alto padrão no bairro da Zona Sul
A venda da mansão mais cara do Brasil foi selada. O icônico imóvel de 2,5 mil metros quadrados está localizado no Jardim Pernambuco, área nobre do Leblon. A casa fica num terreno de 11 mil metros quadrados e estava anunciada por R$ 220 milhões. O valor, inclusive, pode ter ultrapassado essa robusta quantia, destaca o diretor da imobiliária responsável pelo negócio. A proposta, agora, é que o terreno seja loteado, podendo abrigar casas que, juntas, podem valer até R$ 500 milhões. O negócio foi fechado há dez dias pela construtora Mozak, como antecipou a "Exame" e O GLOBO confirmou.
A mansão estava no mercado desde 2019. Recentemente, Neymar visitou o imóvel, mas desistiu da compra por achar o preço salgado, como noticiou o jornal Extra há menos de duas semanas. O jogador fechou a compra de outro terreno no Jardim Pernambuco.
O destino do gigantesco terreno é ser dividido em, no máximo, 12 lotes. A estimativa é que o valor geral de vendas (VGV) do empreendimento deve alcançar, sozinho, até R$ 500 milhões. Cada imóvel deve ter preço de R$ 150 mil por metro quadrado. Três arquitetos foram sondados para a elaboração de projetos.
"É o local mais sofisticado. Morar na Zona Sul em uma casa é um privilégio gigantesco. Está em uma ilha que é o número 1 do mercado, o mais procurado para esse nicho de altíssimo padrão, que é o Jardim Pernambuco, a joia da coroa, o mais seguro, mais lindo de todos e exclusivo", destaca o diretor da Sergio Castro Ouro, Paulo Cézar Ximenes.
A mansão, construída pela família Amaral, ex-proprietária da rede de supermercados Disco, ocupa apenas 22% do terreno. A construção ocupa um dos lotes a serem vendidos. O heliponto e a piscina, que ficam distantes da casa para dar privacidade, ainda têm destino incerto. Tudo vai depender de como serão divididos os lotes.
"Vamos dividir um mega lote em vários lotes menores, que é o permitido. Ainda assim, serão grandes lotes, com até 1.500 metros quadrados. As casas serão independentes, conforme a legislação do Jardim Pernambuco. Não queremos impactar negativamente a região", afirma o presidente da construtora Mozak, Isaac Elehep. "Por ter pouca oferta, o bairro se tornou objeto de desejo maior do que as avenidas Vieira Souto e Delfim Moreira, por incrível que pareça. O Jardim Pernambuco se tornou mais exclusivo, com pouca oferta e alta demanda."
No momento, a construtora está conversando com arquitetos e espera ouvir alguns dos potenciais clientes antes de bater o martelo sobre a decisão de como separar os lotes. Uma das questões é sobre o espaço onde está a gigantesca mansão.
"A casa tem uma arquitetura muito tradicional e requintada. Quem comprar esse lote poderá escolher mantê-la ou não", afirma Ximenes.
Neste primeiro momento, Elehep pensa em dividir o terreno em lotes entre 1,2 mil a 1,5 mil metros quadrados, com foco em construções de alto padrão.
"O mais importante é que o Rio está voltando a ser Rio de Janeiro. Graças a Deus, começamos a ver o turismo de altíssimo padrão olhando para o Rio e passando a frequentá-lo", diz Isaac Elehep.
Uma das características que chama atenção na fachada do imóvel construído em 1986 é sua arquitetura em estilo inglês. Além disso, no interior do casarão há seis suítes, 18 banheiros, 15 vagas de garagem, salas de estar e de jantar, estúdio de música, aposento para reunião, biblioteca, sauna, área de lazer com churrasqueira e piscina semiolímpica. Para manter a limpeza dos 4 mil metros quadrados em dia, a mansão conta com um sistema europeu de aspiração de pó fixado ao rodapé.
No terceiro da casa, há um sótão. Toda em madeira, a mansão tem um elevador que fica em um dos três halls sociais, além de uma galeria com pé direito duplo de quase 7 metros de altura. No jardim com projeto paisagístico de Burle Marx, há o único heliponto particular do Rio, homologado até 2032 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Do lado de fora, o portão de ferro verde-escuro acompanha a altura de quase dez metros de um muro. Árvores nativas de Mata Atlântica separam a propriedade da Rua Embaixador Graça Aranha. Longe da vista de quem passa pela frente, o palacete de 2,5 mil metros quadrados fica em um terreno quase quatro vezes maior. Tudo é bem protegido. O condomínio, a cinco minutos a pé da praia, tem câmeras de segurança em todas as ruas, vigilância 24 horas e cancelas. Serviços de limpeza e manutenção são particulares.
Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/07/25/mansao-mais-cara-do-brasil-e-vendida-no-leblon-no-rio-projeto-preve-condominio-de-casas.ghtml