07/12/10 03:20 - Atualizado há 1 ano
Inspeção das instalações de gás em condomínios é obrigatório apenas quando o local está renovando o seu AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
Nessa etapa, o Corpo de Bombeiros pede um atestado de um engenheiro com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), indicando que está tudo dentro da norma ABNT NBR 15.526/2012 (versão corrigida: 2016).
Mesmo sem a obrigação de fazer um check-up anual no sistema, muitos síndicos tomam essa iniciativa buscando cercar o condomínio de segurança. É importante frisar, no entanto, que a empresa contratada deve ser especializada em efetuar esse tipo de serviço.
Essa negligência é apontada como um dos principais erros cometidos com relação ao sistema pelo engenheiro manutencista Felipe Lima: "Alguns gestores podem tentar economizar dinheiro contratando profissionais não habilitados, mas isso coloca em risco a segurança dos moradores e do próprio condomínio."
Para garantir que a inspeção das instalações de gás em condomínios seja realizada corretamente, é fundamental que o síndico conheça as 4 etapas do processo. Confira quais são elas abaixo:
“Alguns residenciais têm apostado em fazer o encanamento externo, na fachada. É uma alternativa segura”, avalia Zeferino Velloso, diretor da VIP, empresa de engenharia especializada em inspeções prediais.
Há casos de condomínios que possuem instalações com mais de 15 anos de uso. Nesses locais é comum encontrar problemas, tais como:
Entenda como esses problemas podem ser fatais em condomínios
Vale dizer que tubulações mais antigas (e comuns, até hoje) são de ferro galvanizado. Caso seja necessária a troca, o ideal é fazer a substituição completa por peças de cobre, que são muito mais duradouras – apesar de mais caras.
“Trocar apenas algumas peças pode acelerar o processo de corrosão das peças antigas”, ensina Velloso. Uma alternativa aos tubos de cobre são aqueles de polietileno.
Para a especialista em condomínios Rosely Schwartz, é de suma importância que as empresas forneçam aos condomínios, quando forem executar um serviço desse tipo, um laudo em conformidade com as normas da ABNT e das regras do Corpo de Bombeiros e da legislação local.
“Não se pode aceitar um laudo como ‘sistema ok’. Nele, deve-se discriminar quais locais foram vistoriados, se os ramais, se a central de gás ou ambos. Também se deve expedir uma ART. Dessa forma, o síndico fica protegido e tem com quem dividir a responsabilidade no caso de alguma eventualidade”, argumenta.
Também é importante que os moradores respeitem a validade da válvula que vai do botijão até o fogão. E é vital redobrar a atenção quando sentirem cheiro de gás, avisando o zelador e solicitando uma inspeção urgente de empresas especializadas.
"O ideal é que o morador sempre olhe o manual do fornecedor dos equipamentos instalados dentro da unidade e faça uma averiguação anual", sugere Laura Mitterer, cofundadora da Éleme.
Fontes consultadas: Felipe Lima (engenheiro manutencista); Hubert Gebara (vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP); Laura Mitterer (engenheira cofundadora da Éleme); Ricardo Gonçalves (consultor de engenharia, avaliação predial e perícia); Nilson Merlini (diretor da Merlini engenharia); Nilton Savieto (síndico profissional); Rosely Schwartz (especialista em condomínios e professora do curso de administração condominial da EPD) e Zeferino Velloso (diretor da VIP).