Ambiente
Maus tratos
Em condomínio no Guarujá (SP), gatos são vítimas de violência
Por Mariana Ribeiro Desimone
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Vídeo flagra agressão contra gatos em condomínio de Guarujá, SP
Moradores tentavam se livrar dos bichos e agiram com violência. Caso foi levado ao Ministério Público, polícia e União Protetora dos Animais.
Um flagrante de violência contra animais foi registrado em um condomínio de Guarujá, no litoral de São Paulo. Moradores incomodados com a presença de gatos na área comum do residencial resolveram se livrar dos animais. O grupo só não sabia que toda a ação estava sendo gravada por câmeras de monitoramento.
As imagens são fortes. No vídeo é possível ver um grupo de três pessoas capturando um gato. Em uma das cenas, um agressor aparece com um dos bichos pendurado pelo pescoço com uma corda, enquanto tenta colocá-lo em uma lixeira. Depois de pegar os gatos, o grupo sai de carro com os animais capturados.
A denúncia foi feita por Valmir Afonso, morador do condomínio no bairro Enseada e dono de dois dos três gatos que sumiram. Ele diz que tinha quatro gatos e que não é proibido ter animais de estimação no condomínio.
"Ocorre que gatos de rua também frequentam o local e isso estava incomodando alguns moradores. Houve até uma reunião entre os condôminos, no ano passado, onde foi resolvido que eles tentariam levar o bichos sem dono para alguma instituição. Eu estava no encontro e concordei com a iniciativa, mas o que eles fizeram não foi o combinado", explica.
Valmir não esperava que esses moradores fossem tomar a atitude de capturar não apenas os gatos de rua, mas os de propriedade particular, e de maneira violenta, às escondidas. "Meus gatos estão identificados. Eles sabiam que eram meus", afirma.
Segundo Valmir, o grupo confessou que se livrou dos gatos em uma área verde distante do condomínio. Ele e a mulher foram ao local, mas não encontraram os gatos, que permanecem desaparecidos até hoje. Valmir registrou a ocorrência de maus-tratos na Delegacia Sede de Guarujá, o vídeo do circuito interno foi incluído no inquérito. O caso também foi apresentado no Ministério Público e na União Internacional Protetora dos Animais (UIPA).
"Eu quero que eles paguem pelo que fizeram, isso não pode ficar impune", conclui Valmir.
O G1 tentou contato com as pessoas que aparecem nas imagens e não obteve retorno.
Fonte: http://g1.globo.com/