19/11/10 02:22 - Atualizado há 4 anos
A energia elétrica, assim como a água, é uma das maiores contas do condomínio. Seu uso indiscriminado, além de fazer mal à natureza, também agride o bolso.
Então, por que não limitar seu consumo ao estritamente necessário?
Descubra aqui se você sabe tudo sobre o uso correto e consciente no seu condomínio e, assim, ajude o local a ter um consumo racional de energia.
Os sensores de presença permitem que a luz só seja acesa no momento em que o sensor detectar movimento. Esse tipo de equipamento, porém, reduz significativamente a vida útil de lâmpadas fluorescentes – que não aguentam o “liga-e-desliga” dos sensores de movimento e perdem, em média, 40% de sua vida útil. Caso o emissor de luz seja um LED, o mesmo não sofre com sensores de presença
Sensores de presença com lâmpadas fluorescentes são uma boa opção para ambientes onde há bem pouco ou muito movimento – dessa maneira, o desgaste do material será menor.
Como é necessária uma bomba para fazer subir a água para os apartamentos, um menor consumo de água se traduz em menos trabalho para a bomba, e consequente menos gasto de energia. Checar possíveis vazamentos também é uma boa alternativa para economizar água e energia. Nesse ponto, as unidades autônomas também devem devem fazer sua parte. Os problemas mais comuns acontecem nas descargas dos vasos sanitários. Saiba mais sobre detecção de vazamentos.
Em prédios residenciais, a iluminação da cabine é uma das principais origens de gasto energético. Em condomínios desse tipo, o elevador é usado em média, 200 vezes – ao passo que as lâmpadas ficam acesas todos os dias, ininterruptamente. Para um uso racional da energia, o ideal é investir em lâmpadas de LED para o local.
Esse tipo de equipamento tem impacto muito pequeno na conta de luz do condomínio e são de extrema importância para a segurança de todos.
Sensores de presença costumam ser mais eficazes. Entretanto, se o sistema de minuteria for bem dimensionado de acordo com o porte do condomínio e com o fluxo de pessoas nos locais em que for instalado, é um recurso que também pode ser eficiente. Veja como funcionam os dois sistemas:
As minuterias mantém a iluminação durante um período determinado.
Existem dois tipos:
- Sistema coletivo: Permite ligar as lâmpadas de alguns andares ou todos ao mesmo tempo
- Sistema individual: Liga individualmente as lâmpadas de cada andar
Sensores de Presença acionam a iluminação conforme detecta a presença de alguém.
Tipos:
- Infravermelho – Sensível ao calor humano
- Ultra-som – Emite ondas que são rebatidas de volta ao receptor do sensor que aciona a
- iluminação- Dual – Combinação do Infravermelho e do Ultra-Som
Os modelos atuais foram pensados para consumir menos energia. Estude a possibilidade de moderniza-los com um “Comando por Inversor de Frequência”.
Dessa maneira, somente a corrente elétrica necessária será mandada para o motor do elevador, gerando uma economia de cerca de 40% em relação aos elevadores com comando de relês. Com essa modernização também diminui-se o fator de potência do condomínio, que pode encarecer a conta em até 17%.
Mas, atenção. Uma modernização tecnológica costuma ser cara e só trará economia caso o equipamento esteja realmente defasado tecnológicamente.
Saiba mais sobre modenização de elevadores
Os elevadores também podem ser utilizados economicamente se o condomínio estiver atento manutenção periódica, como lubrificação, tensão das correias, alinhamento do motor, etc;
Existem meios de programar os elevadores para operar por proximidade. Ao acionar o botão, o elevador que está no andar mais próximo do usuário é acionado.
Conheça o serviço de consultoria em elevadores do SíndicoNet
Atualmente, a lâmpada fluorescente é a mais usada, por apresentar consumo inferior às lâmpadas incandescentes. Porém, lâmpadas do tipo LED (diodo emissor de luz) gastam ainda menos. O "x" da questão ainda é o custo do LED, que pode ser de quatro a cindo vezes mais caro que uma lâmpada convencional. Mesmo assim, a nova tecnologia tem sido considerada um bom investimento para os condomínios.
Saiba mais sobre custo/benefício de lâmpadas de LED
Como a circulação de pessoas durante esse horário é menor, deixar um equipamento desligado ajuda, sim, a economizar recursos. Estando desligado, a luz da cabine também não é acionada, colaborando assim para o uso racional da energia elétrica
É possível que, ao pintar um ambiente, esse fique mais claro e não necessite de iluminação artificial durante o dia, por exemplo.
Uma vez que o botão foi acionado, não se gasta mais energia. Porém, se há mais de um elevador no prédio e o morador, apressado, aperta todos os botões, aí sim, há gasto. Para evitar essa situação, o indicado é o “comando duplex”, que envia apenas um elevador para cada chamada.
Procure iluminar as áreas de circulação de veículos na garagem e não os boxes. Se possível, alternar as luminárias com uma acesa outra não, e assim por diante, também traz economia.
Manter a porta do elevador aberta dessa maneira não se traduz em maior gasto de energia
A energia reativa excedente é cara pois é uma energia que não executa nenhum trabalho. Ela é utilizada para fazer a bobina de um motor elétrico funcionar (elevador, por exemplo) ou um reator de lâmpadas fluorescentes, já que esses equipamentos precisam de energia eletromagnética.
Essa energia é cobrada separadamente (em condomínios onde a medição seja eletrônica, vale frisar) pois geralmente equipamentos que demandam energia reativa têm baixo fator de potência - ou seja, baixo aproveitamento energético. Para não ser cobrado por energia reativa excedente, o condomínio deve apresentar fator de potência de no mínimo 92%. Para chegar nesse nível de aproveitamento energético, o condomínio pode contar com ajuda especializada.
Uma empresa de engenharia elétrica deve avaliar os equipamentos do local e fazer uma análise dos mesmos, além de um estudo da conta de luz. Esse diagnóstico pode ser a diferença entre pagar a energia reativa ou não.
Para empreendimentos que não alcancem o patamar de 92%, geralmente as concessionárias cobram o consumo por kVArh (quilovoltampère-reativo-hora).
Saiba mais sobre energia reativa excedente aqui
Fontes consultadas: Conteúdo SíndcoNet; Marcio Bagnato, Habitacional, José Roberto Iampolsky, Paris Condomínios, Gabriel de Souza, Prop Starter; Gabriela Tishinberg, Itambé; Manual uso racional energia, Secovi-SP; Fernando Bacelar, coordenador de usos finais de energia da AES Eletropaulo; Boris Risnic, engenheiro e consltor em elevadores