Segurança
Morte em condomínio
Tiros podem ter sido vingança por mandato de ex-síndica do local
Por Mariana Ribeiro Desimone
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Morte em condomínio em Santa Isabel pode ser vingança, diz polícia
Mulher da vítima foi síndica e tem vários boletins de ocorrência contra ela.Dupla armada deixou o local sem levar nada, segundo a polícia.
A Polícia Civil de Santa Isabel (SP) investiga se o assassinato de um homem de 58 anos na garagem de casa, no último domingo (19), tenha sido motivado por vingança.
O delegado responsável, Carlos Alberto de Oliveira, espera agora ouvir a esposa da vítima para encaminhar a investigação. Segundo ele, a mulher foi síndica do condomínio durante anos e tem vários boletins de ocorrência registrados contra ela.
O carro da família ficou cheio de tiros, depois que dois crimonosos armados invadiram o residencial no úlitmo domingo (19). De acordo com testemunhas, Dirceu José Monteiro César Sobrinho, de 58 anos, foi atingido pelos tiros quando saiu até a garagem para ver o que estava acontecendo. Ele morreu na hora e os criminosos fugiram. Os vidros e a lataria do automóvel também foram danificados pelos disparos.
Apesar do condomínio e da casa da vítima terem câmeras de segurança, nenhuma estava funcionando. De acordo com a polícia, elas estavam desligadas por conta de uma reforma. A suspeita da polícia é de que os criminosos tenham entrado por uma rua lateral do próprio condomínio. O dois homens ainda teriam ficado o tempo todo com touca e capacete.
Hipótese
Durante as investigações a polícia descobriu que a esposa da vítima foi síndica do residencial por muitos anos. Na delegacia, conforme o boletim de ocorrência, ela disse que durante esse período, teve uma administração severa e por isso ganhou vários desafetos. A mulher disse ainda para os policiais que mesmo depois de deixar o cargo continuou fiscalizando a atual adminstração e que a obra da portaria foi embargada por problemas ambientais.
"Temos diversos registros de boletins de ocorrência e vários processos judicais realizados por ela e contra ela. Isso pode ser um campo de investigação. A cena do crime mostra que quem entrou não fez isso para matar. Parecia que era para dar um susto, um cala a boca".
O delegado acredita que a mulher deve ser ouvida em breve, tudo depende do estado emocional dela. Até agora ninguém foi preso. "Depois que ela for ouvida vamos começar a pedir tudo o que for necessário nessa linha [vingança] de investigação".
Fonte: http://g1.globo.com/