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Nova lei
Novo zoneamento de SP deverá dificultar criação de grandes condomínios
Por Mariana Ribeiro Desimone
domingo, 12 de outubro de 2014
Nova Lei de Zoneamento de SP deve afetar shoppings e condomínios
Prefeitura quer limitar área de lotes para, no máximo, 10 mil m². Antes de envio à Câmara, proposta será debatida em oficinas e audiências.
A proposta de revisão da Lei de Zoneamento de São Paulo, se aprovada, irá afetar diretamente empreendimentos como shoppings e condomínios. A revisão define, entre outros pontos, que a área máxima de um lote seja de 10 mil metros quadrados, o que é maior que um quarteirão.
A revisão, que atualiza as regras de parcelamento, uso e ocupação do solo, foi apresentada nesta quinta-feira (9) pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, empreendimentos acima de 10 mil metros quadrados deverá passar por um projeto de loteamento e atender determinadas regras de ocupação. A legislação vigente, de 2004, não limita o tamanho de estabelecimentos comerciais e de moradia. Um shopping na Zona Oeste, por exemplo, tem quase 80 mil metros quadrados de área.
A Prefeitura também propõe a cota ambiental: dependendo do número de árvores e vegetação num terreno, o empreendimento pode ter benefícios, como isenção de impostos. Cada novo lote também deve ter, obrigatoriamente, um número mínimo de vagas para bicicletas e vestiário para ciclistas.
O projeto pretende extinguir 14 zonas atuais, passando de 30 para 16 na capital. “Hoje, zonas têm os mesmos nomes e se contradizem nos seus propósitos. A simplificação tenta dar uma coerência e retirar do atual texto as incoerências que foram construídas”, explicou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco.
A partir de 18 de outubro serão realizadas 32 oficinas regionais para a discussão da proposta. Em dezembro, o texto da revisão será disponibilizado para consulta pública e, em janeiro de 2015, a lei será consolidada para audiência pública e enviada para a Câmara Municipal. A partir da sanção do Plano Diretor Estratégico (PDE), a versão final da lei tem 180 dias para ser apresentada.
Segundo o secretário, a nova lei deve conversar diretamente com o PDE, adensando os eixos principais da cidade e saindo do Centro, para “tornar a cidade mais equivalente”.
“Precisamos preservar aquilo que é de valor nas cidades, precisamos qualificar a cidade na sua totalidade. E ao mesmo tempo precisamos identificar aqueles territórios que são necessários de transformação pra que a gente reequilibre as enormes desfuncionalidades da cidade”, disse.
16 zonas propostas pela revisão da Lei de Zoneamento:
- Zona Especial de Proteção Ambiental;
- Zona Especial de Preservação;
- Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável;
- Zona de Recuperação Ambiental;
- Zona Especial de Interesse Social;
- Zona Exclusivamente Residencial;
- Zona Predominantemente Residencial;
- Zona Mista;
- Zona Especial de Preservação Cultural;
- Zona de Centralidade;
- Zona Corredor;
- Zona de Ocupação Especial;
- Zona Predominantemente Industrial;
- Zona de Desenvolvimento Econômico;
- Zona de Eixo de Estruturação da Transformação Urbana;
- Zona de Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto.
Oficinas
A partir do dia 18 de outubro, serão realizadas 32 oficinas regionais para a discussão da proposta de revisão. Em dezembro, o texto será disponibilizado para consulta pública. E, em janeiro de 2015, a lei será consolidada para audiência pública e enviada para a Câmara Municipal. A partir da sanção do Plano Diretor Estratégico (PDE), a versão final da lei tem 180 dias para ser apresentada.
Fonte: http://g1.globo.com