Convivência
Ótima convivência
Condomínios também podem aproximar pessoas e unir casais
Por Mariana Ribeiro Desimone
domingo, 24 de agosto de 2014
Condomínios residenciais: encontros e reencontros
Para reencontrar um amigo ou encontrar o futuro marido ou esposa, por vezes, não é preciso 'sair de casa'. Condomínios funcionam como minicidades, onde os relacionamentos acontecem. Confira algumas curiosas histórias
Por vezes, basta olhar para o lado para encontrar o amor de sua vida, ou aquele amigo com quem o contato havia sido perdido. Esse e o caso da operadora de telemarketing Vanessa Moreira, 30. Ela se mudou em fevereiro para um condomínio com o marido. Pouco tempo depois, em frente ao bloco em que mora, viu subindo em direção à portaria uma velha amiga Ana Carolina, 23. Se a correria do dia a dia afastou as amigas, o destino se encarregou de lhes aproximar.
"Foi uma surpresa muito boa. Eu não conhecia quase ninguém no condomínio", diz Vanessa. Ela acrescenta que, agora, a amizade ganhou laços mais fortes. "Nos encontramos com frequência no condomínio", conta.
Alguém já disse que o amor pode está mais próximo do que se imagina. Para a gerente administrativa Rosangela Oliveira Faria, ele morava ao lado, ou melhor, no andar de cima. Aos 21 anos, ela conheceu Elton, à época com 29, seu então vizinho. Ela morava no segundo andar, e ele no terceiro, em um prédio de oito andares. "Nos encontrávamos no elevador, todos os dias praticamente, e inicialmente a gente só se cumprimentava. Eu sabia os horários que ele chegava do trabalho e quando ia pra faculdade, mas éramos tímidos, só rolavam olhares", diz. Então, Rosangela fez amizade com a irmã de Elton. "Aí ficou mais fácil".
Amiga da futura cunhada, Rosangela passou a frequentar a casa de Elton. "Conversávamos pouco, eu sempre esperava ele tomar a iniciativa", conta.
O namoro só engatou quando ela se mudou do prédio. "Foi o momento que ele tomou a iniciativa de me procurar". Eles namoraram por seis anos e se casaram em 2008. O casal completa seis anos de casados, 12 anos de união, e têm dois meninos gêmeos de nove meses.
Hoje, eles moram em um condomínio com 13 blocos e aproximadamente 300 apartamentos. "Aqui no nosso condomínio, tem um espaço bom, tem ATI (Academia da Terceira Idade), espaço verde, mas é mais antigo. Já os empreendimentos que estão saindo agora são ótimos pois com a falta de segurança que vivemos hoje, quanto menos sairmos de casa, melhor. Pretendemos em breve morar num condomínio que ofereça essa infraestrutura.
Quem também encontrou o atual namorado no condomínio em que morava é a jovem estudante de Psicologia Nathália Kun Ghizzo, 20. Quando era criança, aos 4 anos, ela conheceu o estudante de engenharia mecânica Rafael Gustavo Hashimoto, à época também com quatro anos, que circulava pelo condomínio quando visitava os avós e os tios que moravam no local. "Eu também era amiga da prima dele", conta. Eles chegaram a brincar juntos.
Os anos se passaram e nada evoluiu além dos cumprimentos no elevador. Mas quando a prima de Hashimoto fez a festa de 15 anos no salão de festas do condomínio, os primeiros olhares foram trocados. "No dia seguinte de manhã nos encontramos no bloco da universidade onde prestamos vestibular. Foi quando trocamos os contatos", lembra.
A partir de então o relacionamento foi ficando mais estreito até que os jovens começaram a namorar. "Começamos a conversar no vestibular, ficamos bem amigos, tava rolando um clima entre nós. Um dia ele foi até a casa da avó dele e combinamos de nos encontrar lá no condomínio. Neste dia aconteceu nosso primeiro beijo, foi no elevador do prédio, e então começamos a namorar", conta rindo. Já faz três anos e cinco meses que Hashimoto encontrou mais um motivo para passear no condomínio de seus tios e avós.
A administradora Joelma Matsumoto Amaral, 39, também conheceu o esposo no condomínio em que moravam, ambos com a família. Era fim de tarde, quando os moradores do prédio desciam até a área de lazer. Foi em um dia como este que Joelma conheceu Silvio Cesar do Amaral, 42, hoje engenheiro civil. Eles tinham entre 13 e 15 anos. Nessa época também rolavam "baladinhas" no salão de festas do prédio.
Joelma foi para o Japão e o casal passou mais de um ano se relacionando via carta. Após o retorno, o namoro engatou e eles se casaram. Depois de passar uma temporada de mais de cinco anos no Japão juntos, o casal voltou para ter a primeira filha - são três, a mais velha com 12, do meio com 9, e a mais nova com três. Hoje eles retornam ao local para visitar a família de Silvio. É quando se passa o filme do primeiro encontro na cabeça.
Fonte: http://maringa.odiario.com/