segunda-feira, 15 de outubro de 2012
"Gente, todos esses ônibus são por causa da minha árvore?", questionou a subsíndica Valede Pinto da Rocha, ao ver dois veículos da Guarda Municipal (GM) em frente a seu edifício, o Condomínio Palmas, que fica na Avenida Vieira Souto, próximo ao posto 9, em Ipanema, na tarde deste domingo. Os agentes da GM, na verdade, estavam no local para evitar uma possível manifestação a favor das rodas de altinho na praia, mas se deslocaram ao descobrir um homem fazendo uma poda irregular no coqueiro na entrada do prédio. Uma equipe da Patrulha Ambiental foi chamada e o condomínio recebeu uma advertência, sem aplicação de multa, baseada no artigo 49 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98).
- A lei diz que é proibido destruir, danificar, lesar ou maltratar qualquer árvore em território público. Quem tem que fazer a poda é a Comlurb. Mas como a árvore não foi derrubada, aplicamos um auto de infração de valor zero - explicou a fiscal Lilian Goelzer.
Valede contouque contratou um homem identificado apenas como Antônio Manoel para cortar as folhas de dois coqueiros localizados nos canteiros em frente ao prédio. O primeiro foi podado durante a semana. Segundo Valede, um fiscal da prefeitura orientou, durante visita há duas semanas, que o condomínio realizasse a poda já que muitas folhas estavam caindo.
- Honestamente, eu não sabia que tinha que solicitar à prefeitura. Nossa vontade mesmo é tirar esses dois coqueiros, mas existe uma burocracia muito grande. Antes de tudo, é preciso pagar uma taxa para saber a viabilidade da remoção da árvore. Queremos colocar canteiros baixos no lugar, porque tem muito menino que sobe pelo tronco e fica olhando os apartamentos das pessoas. É perigoso - afirmou Valede.
Contratado para receber R$ 100 pela poda nas duas árvores, o pernambucano Antônio não utilizou qualquer material de segurança. A escada de madeira utilizada para subir até a copa estava quebrada e foi amarrada ao tronco com uma faixa para dar sustentação. O subdiretor de Operações da GM, inspetor Júnior, que acionou a Patrulha Ambiental, comentou a precariedade do material:
- O procedimento oferecia perigo a quem passava pelo local e ao próprio trabalhador. Os equipamentos que ele utilizava eram muito precários e não davam segurança nenhuma - disse. A Comlurb foi chamada para retirar as folhas que já haviam sido cortadas.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com