Manutenção
Prédios interditados
Devido a risco de desabamento, moradores vão para hotel, em SP
Por Mariana Ribeiro Desimone
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Condomínios na Zona Leste são interditados por risco de desabar
Moradores precisaram deixar apartamentos às pressas. Caixa Econômica Federal financiou apartamentos e se diz vítima de fraude.
Moradores de um condomínio em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, precisaram deixar o prédio às pressas em razão de risco de desabamento. É o segundo empreendimento da Carlito Construções que apresenta problemas de estrutura.
“Toda vez que você começava a colocar alguma coisa na casa, abria uma rachadura na parede”, explica a costureira Edivegens Lima, que comprou um apartamento para a mãe. O prédio já havia sido entregue e toda a documentação para a aquisição do imóvel estava em ordem.
A Caixa Econômica Federal, que financiou o apartamento para Edivegens e outras 12 famílias, paga a hospedagem dos moradores em um hotel no Centro, assim como uma van que faz o transporte para Itaquera. “A gente quer uma moradia. A gente quer que eles devolvam pelo menos o dinheiro que a gente gastou para a gente poder comprar outro imóvel”, reclama Edivegens.
Em São Mateus um empreendimento da mesma construtora foi interditado pela Defesa Civil em novembro. A Caixa suspendeu o financiamento do prédio, que será demolido.
Pessoas como a autônoma Eunice Dias Nogueira tiveram de buscar outro lugar para morar. A Caixa chegou a pagar auxílio aluguel para os moradores, mas o dinheiro acabou e alguns ainda precisam pagar aluguel. “Eu pago R$ 700. Estica daqui, falta ali. Eu quero o meu dinheiro de volta”, afirma Eunice.
O banco diz que foi vítima de fraude e que está ajudando a Polícia Federal e a Justiça nas investigações. A Caixa afirma que negocia com os moradores o valor do financiamento que já foi pago e que entrou com uma queixa na Polícia Federal contra a Carlito Construções e contra o arquiteto Luiz Antônio Fernandes. A empresa e o arquiteto não podem mais construir imóveis financiados pela Caixa.
Fonte: http://g1.globo.com/