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Falta de qualidade das garagens gera conflitos em condomínio
A raiz da questão é a atuação das construtoras, que priorizam a quantidade e não a qualidade das vagas. Veja quantos problemas a mudança de prática resolveria
Por Ivo Cairrão*
10/11/22 12:44 - Atualizado há 2 anos
As garagens de condomínio, tanto dos antigos quanto de novos empreendimentos, costumam ser um local de muitos desentendimentos entre os moradores.
A falta de qualidade do espaço, com tamanho sempre mínimo e de difícil trafegabilidade, é propício para manobras arriscadas, arranhões nos veículos e a famosa "parada fora do limite da sua vaga".
construção civil quantidade de vagas “vende” maisduas boas vagas, seria muito melhor do que três ou quatro ruins.
ajustes não são tão fáceis, pois envolvem projeto, aprovações em órgãos públicos, altos custos com consultores especializados, além de ajuste na convenção com 100% de aprovação.
Um exemplo da realidade mostra alguns benefícios: se no espaço de “três” ou “quatro” vagas – ditas ruins - fossem feitas “apenas” duas, os moradores:
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Conseguiriam colocar seus carros de tamanho médio (talvez até grandes) sem dificuldade;
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Teriam melhor trafegabilidade na garagem;
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Não teriam – em alguns condomínios – o custo de manobristas 24h durante todos os dias;
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Não seria necessário o rodízio de vagas – conceito que, em minha opinião, está próximo do ridículo: “este ano tenho vagas ruins, mas no ano que vem terei vagas menos ruins”.
Quais os motivos deste desconforto na garagem do condomínio?
“tamanho mínimo” das vagas, o que pode tornar as
vagas estreitas em alguns casos.
A lei nº 11.228/92 da Prefeitura de São Paulo considera como referência para definição de vagas os seguintes parâmetros:
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Vagas pequenas: 2,10m de altura, 2,00m de largura e 4,20m de comprimento;
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Vagas médias: 2,10m de altura, 2,10m de largura por 4,70m de comprimento;
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Vagas grandes: 2,30m de altura, 2,50m de largura por 5,50m de comprimento.
mais vagas por apartamento, em vez de qualidade e conforto.
transparentemente divulgado no momento da venda dificuldades no futuro, tais como:
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Pagar redesenho do espaço da garagem, na tentativa de tornar “menos pior” a situação;
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Ter que arcar com custos e esperas de manobristas;
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Se sujeitar a esperar sua vez para ter acesso ao seu veículo – muitas vezes o manobrista tem fila para buscar o veículo.
Construtoras devem priorizar a qualidade das vagas de garagem; não quantidade
construtoras seguissem a legislaçãoflexibilidade maior, que priorizasse a qualidade das vagas ao invés da quantidade.
Além da prática de transparência com relação às vagas na hora de vender o imóvel, o custo de manobristas seria reduzido, enquanto a qualidade de vida e de convivência dos moradores seria maior.
(*) Ivo Cairrão é fundador e conselheiro no Grupo IAUDIT.