Inadimplência
Recebendo atrasados
O ideal é sempre conversar com devedor antes de protesto ou ação judicial
Por Mariana Ribeiro Desimone
domingo, 21 de julho de 2013
Condomínios recorrem menos à Justiça para receberem de devedores
No primeiro semestre do ano, número de ações caiu 8% em relação a 2012.Lei que permite condomínio protestar nome de devedor completa seis anos.
A negociação entre síndicos e moradores devedores está ficando mais fácil. Pesquisa do Secovi, o Sindicato da Habitação, mostra que os condomínios estão recorrendo menos à Justiça para receberem dos inadimplentes. No primeiro semestre de 2013, o número de ações caiu 8% em relação ao ano passado.
A lei que permite que o condomínio inscreva o nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) completa seis anos. Nos últimos três anos, quase 30% dos condomínios recorreram à medida para cobrar as dívidas.
De acordo com o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara, essa lei levou muitos inadimplentes a acertar o que deviam.
“O Secovi não aconselha o protesto, mas sim o acordo. Somente em último caso. Sabendo que pode ser protestado, ele se preocupa mais e honra os compromissos, o que não faz nada além da obrigação”, afirma.
Segundo o Secovi, se o imóvel for alugado e houver atraso no condomínio, o nome que vai para o SPC é o do proprietário e não de quem está morando de aluguel. O sindicato também recomenda que o condomínio avise por escrito, no boleto, que em caso de atraso vai acionar a lei.
Quando foi eleita síndica, Mônica Cabral descobriu que 30% dos apartamentos não estavam pagando em dia e, por isso, o condomínio não tinha nenhuma reserva. Ela fez uma assembleia, conseguiu aprovar mudanças nas leis do condomínio para permitir que os devedores fossem protestados a partir de dois meses de atraso e chamou os inadimplentes para conversar. No fim, fez acordos.
“A inadimplência reduziu muito. Hoje a gente tem menos de 2% de inadimplência. O prédio conseguiu fazer um caixa e conseguiu fazer novas reformas no edifício, que antes a gente não tinha como fazer. A gente conseguiu dar vida ao condomínio”, relata a síndica.
Fonte: http://g1.globo.com/