Ambiente

Reciclagem de lixo

Prédios em São Paulo fazem benfeitorias com venda de material

Por Mariana Ribeiro Desimone

terça-feira, 12 de junho de 2012


Condomínios de SP aumentam arrecadação com reciclagem de lixo

Coleta seletiva rende R$ 300 mensais para prédio na Zona Leste. Especialista em condomínios tira dúvidas dos telespectadores.
 
A reciclagem de lixo pode ser uma boa alternativa para incrementar a arrecadação dos prédios, como mostrou o quadro “Meu condomínio tem solução”, do SPTV, nesta terça-feira (12). Em um condomínio em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, Mayra Moreyra Carvalho coordena a comissão de sustentabilidade do prédio e tenta convencer a maioria dos moradores a reciclar o lixo. São 80 apartamentos, mas só cinco fazem a coleta seletiva.
 
O prédio é novo, mas a construtora não planejou um espaço adequado para a coleta seletiva do lixo e um conselho de moradores improvisou um canto na garagem. Entretanto, parece que não adiantou. Os moradores não se conscientizaram da importância da reciclagem.
 
Em outro condomínio, na Penha, Zona Leste da capital, a coleta seletiva já é realidade. São 60 apartamentos e os quase 200 moradores reciclam o lixo desde 2000. Já virou hábito separar o lixo orgânico do reciclável, graças a iniciativa da síndica Zilda Ianboli.
 
“O pessoal ficou meio assustado, que tinha que lavar as embalagens. Tive que dar um incentivo. O andar que reciclava mais eu fazia um sorteio e dava 10% de desconto na taxa do condomínio. Funcionou e todos começaram a participar”, conta a síndica.
 
Todos os dias, os funcionários recolhem nos andares o lixo separado e limpo. Tudo vai para um cômodo no térreo, sem mau cheiro e muito bem organizado.
 
Uma vez por semana, passa um caminhão de coleta no prédio para recolher o material reciclável. São mais de 300 kg por vez, o que tem rendido ao prédio cerca de R$ 300 por mês.
 
Com o dinheiro da venda do material reciclável, Zilda pode comprar equipamentos que melhoram a sustentabilidade do prédio. Quando ela juntou R$ 2.500, comprou uma cisterna que pode armazenar dois mil litros de água da chuva. Com ela, pode-se lavar o prédio, as garagens, regar plantas sem nenhum gasto extra na conta de água.
 
A síndica também reformou piso e parede do refeitório dos funcionários, comprou monitor para as câmeras de segurança, comprou mobília para a sala das crianças. No salão de festa trocou piso, cadeiras, fez churrasqueira com balcão, comprou TV e DVD, pias de inox e eletrodomésticos. Agora, o salão pode ser alugado, rendendo mais dinheiro.

Fonte: http://g1.globo.com