Telejornal testa esquema de empreendimentos em São Paulo
Por Mariana Ribeiro Desimone
quarta-feira, 29 de junho de 2011
'Bom Dia' testa a segurança de prédios em São Paulo
Ao parar no portão de um prédio, não foi preciso falar com ninguém. Bastou buzinar para o portão ser aberto. A equipe entrou e saiu.
O portão de casa e do prédio é uma preocupação de muitos brasileiros. Muita gente mandou perguntas para Rodrigo Pimentel aqui pelo site. O Bom Dia Brasil fez o teste do portão.
Ao chegar em casa de carro, o advogado Edson Simões Júnior não teve tempo de acionar o controle remoto para abrir o portão.
“Fui abordado por dois caras em uma moto, o que estava atrás desceu armado, pediu para que eu saísse do carro, foi questão de segundos, muito rápido”, lembrou Edson.
Foi pela garagem do condomínio que cinco ladrões invadiram o prédio onde a estudante Rosemeire Camarini mora. O bando roubou o apartamento de um vizinho e o dela. “Fica um trauma, a sensação de insegurança. É terrível”, contou.
Segundo o Sindicato da Habitação, em 2009, ocorreram 45 assaltos ou arrastões em condomínios na cidade de São Paulo. Em 2010, foram 25, em 2011, oito.
Por isso, a equipe do ‘Bom Dia Brasil’ resolveu testar a segurança nos prédios percorrendo de carro alguns condomínios da Zona Sul de São Paulo. Ao parar no portão de um prédio, não foi preciso falar com ninguém. Bastou buzinar para o portão ser aberto. A equipe entrou e saiu, é possível imaginar se fosse um assaltante.
O teste foi repetido, mas no segundo e no terceiro condomínios os portões permaneceram fechados. Em um quarto prédio. A entrada e a saída aconteceu sem dificuldade. Em um prédio foi ainda mais fácil, pois a garagem já estava aberta. No quinto prédio visitado, a equipe consegue entrar pela terceira vez.
Outro problema muito comum nos condomínios é o tempo que um morador, quando entra, dá de sobra para outro carro entrar também.
Quem mora em condomínio diz que não adianta investir em equipamentos se não tiver gente bem preparada na portaria. “O porteiro é até melhor do que o sistema de segurança. Acho que mão de obra qualificada nesse sentido é essencial. Mais importante que o próprio equipamento”, sugere o industrial Elenilton da Cunha Neves.