Ambiente
Sem risco
Terreno doado para condomínio de operários não oferece risco, diz CSN
Por Mariana Ribeiro Desimone
domingo, 7 de abril de 2013
CSN diz que terreno de condomínio não oferece risco a moradores
Estudo do Inea aponta alto risco à saúde humana; empresa pode ser multada
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) afirma desconhecer laudo de estudo realizado pela Secretaria de Estado do Ambiente sobre terreno doado pela empresa exclusivamente para a moradia de operários, em Volta Redonda, no sul fluminense do Rio. O relatório, feito pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e divulgado pelo secretário estadual do ambiente, Carlos Minc, na quinta-feira (4), aponta que há mais de 20 substâncias tóxicas com potencial cancerígeno no local onde foi construído o Condomínio Volta Grande IV.
Ainda em resposta à pesquisa, a CSN declarou que já fez mais de cinco amplos estudos supervisionados por órgãos públicos, nos últimos 13 anos, a respeito da região e que não foram verificados riscos à saúde dos moradores.
Com o anúncio do laudo da Secretaria do Ambiente, 750 pessoas terão de deixar o terreno e a CSN vai ser multada em até R$ 50 milhões. O local foi cedido pela CSN para o Sindicato dos Metalúrgicos da região, exclusivamente para moradia, em 1998.
De acordo com o estudo do Inea, centenas de moradores da localidade estão expostos a altas concentrações de metais pesados, hidrocarbonetos e outras substâncias tóxicas como o ascarel, proibidas no País. Segundo Minc, a CSN terá de indenizar e prestar ajuda as vítimas.
— Foram cometidos vários crimes ambientais. A CSN colocou em risco a vida das pessoas, sonegou informações e não fez as análises exigidas. A empresa terá de retirar e indenizar as pessoas, remover todo o lixo que está lá embaixo, fazer os estudos restantes e descontaminar toda a área, inclusive o lençol freático, além prestar toda a assistência de saúde para os moradores.
Além disso, segundo a declaração de Minc, a siderúrgica vai ser punida por sonegar informações e não cumprir as determinações do Inea, já que a CSN não apontou em seus estudos - realizados pela empresa contratada Nickol - a necessidade da retirada dos moradores.
Fonte: http://noticias.r7.com/