Administração
Síndicos profissionais
Condomínios maiores e mais equipados pedem atenção especial
Por Mariana Ribeiro Desimone
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Condomínios aderem aos serviços do síndico profissional
Os condomínios residenciais e comerciais estão cada vez maiores, com várias unidades e áreas comuns repletas de equipamentos de lazer e de segurança que têm a finalidade de proporcionar mais conforto e bem-estar aos moradores.
Grandes, ou de menor porte, todos os condomínios precisam de um síndico para cobrar, pagar, planejar, fiscalizar, realizar manutenções, enfim, administrar o prédio, seja ele residencial ou comercial. Há condomínios onde a eleição para síndico é acirrada, com chapas montadas, muitas propostas e vários interessados em exercer esse cargo de responsabilidade.
No entanto, em outros locais, falta tempo, conhecimento ou até interesse da parte dos moradores para ocupar a vaga. Para esses últimos há a possibilidade de contratar um síndico profissional. Que tem a mesma função do síndico convencional, com a diferença de que o primeiro detém maior conhecimento e experiência no exercício de suas atividades.
CADA VEZ MAIS COMUM
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis (Secovi-CE), Sérgio Porto, a profissão de síndico ainda não é legalizada. Ainda conforme Porto, existe um projeto de lei para regularizar a profissão, mas ainda não foi aprovada.
“O síndico pode ser morador ou uma pessoa física ou jurídica. Hoje, muitos condomínios contratam empresas para administrar o condomínio ou uma pessoa com experiência em administração que cuida de vários condomínios e ganha para isso. Por isso, dizem síndico profissional”, explica.
Para Paulo Sanford Feitosa, economista e sócio gerente da empresa Sindipro (Sindico Profissional), os condomínios estão cada vez maiores. Neste cenário, a figura do síndico ou do administrador tende a evoluir para um perfil mais profissional, exigindo mais habilidade e conhecimentos práticos na gestão interna de tais empreendimentos. “Atualmente, o responsável condominial necessita de mais tempo para dar conta de suas atribuições, que não são poucas”, observa.
ATRIBUIÇÕES
O economista cita algumas das várias responsabilidades de um síndico. “Cabe ao administrador arrecadar, pagar, cobrar, planejar, fiscalizar, contratar, realizar manutenções, prestar contas, além de precisar ter uma boa base de conhecimento sobre: processos administrativos, controle financeiro, práticas contábeis, administração de pessoal, implantação de rotinas, estratégias para redução de custos, legislação de condomínio edilício, legislação tributária, legislação trabalhista, mediações de conflitos, cobrança judicial e extrajudicial, normas técnicas, normas de segurança do trabalho, normas sindicais, normas internas, arquivamento de documentos, segurança, tecnologia de informática e de equipamentos e muitos outros”, comenta.
REMUNERAÇÃO
Em geral, o síndico profissional não atua em apenas um condomínio. Ele tem alguns clientes e se reveza entre os empreendimentos. Porém, segundo Sanford, há um limite que só pode ser superado quando o serviço é prestado por uma equipe que se divide em funções estratégicas na administração de condomínios.
“Normalmente é a assembleia que delibera sobre a remuneração do Síndico, que varia de acordo com o porte do condomínio, número de moradores e exigências. Em prédios de médio porte, os honorários equiparam-se ao valor de um salário mínimo, que incluem visitas semanais ao edifício. Quando a presença se torna mais necessária, como nos casos de prédios de grande porte, os honorários serão proporcionalmente maiores”, explica.
RISCOS E BENEFÍCIOS
Os condomínios residenciais e comerciais, sejam de qual porte for, estão pouco a pouco ganhando formato de empresa, já que a sua gestão exige rigor administrativo, financeiro, fiscal e trabalhista.
Sanford avalia que os principais benefícios em contratar um Gestor Predial estão na administração impessoal e imparcial, que oferece mais tranquilidade quanto à convivência dos moradores, podendo ser exigido e cobrado, e na assessoria completa e imparcial que resulta em economia e preservação do patrimônio.
“O maior risco de se contratar um síndico está na escolha do profissional, que se for errada pode comprometer o funcionamento do condomínio. Antes de se contratar o síndico deve-se ter a certeza de que possui disponibilidade e conhecimento suficiente para desempenhar a função, que pode ser comprovada através de consulta de seu currículo e de referências comerciais”, orienta o economista.
Fonte: http://www.oestadoce.com.br