Manutenção

Tragédia no RJ

Apóes três anos, condôminos ainda não conseguiram voltar ao edifício Riqueza

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 12 de outubro de 2014


Três anos após explosão do restaurante Filé Carioca, condôminos seguem impedidos de voltar ao prédio comercial

Proprietários de salas no Edifício Riqueza não conseguiram retomar suas atividades. Apesar disso, eles continuam pagando condomínio e IPTU. Tragédia deixou quatro mortos e 17 feridos.
 
Três anos após a explosão do restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, que deixou quatro mortos e 17 feridos, proprietários de salas no Edifício Riqueza ainda não conseguiram retomar suas atividades no local. Apesar disso, eles continuam pagando condomínio e IPTU, já que não tiveram isenção do imposto como foi prometido na época pela Prefeitura. O diretor da escola de Papai Noel do Brasil que funcionava no quarto andar do prédio, Limachen Cherem, conta que os prejuízos são grandes e muitos tentam trabalhar em casa ou com a ajuda de outros profissionais:
 
“Isso é um prejuízo para todos os condôminos. Muitos estão trabalhando em casa ou nem estão trabalhando, arcando com muito prejuízo.”
 
O prédio só não foi liberado até agora porque precisa de obras na parte hidráulica e de modificações no sistema de sprinkler, dispositivo de combate a incêndio. Os donos das 137 salas do edifício reclamam da má gestão da antiga administração e já entraram com três processos na justiça contra o ex-síndico José Carlos do Nascimento Nogueira, pela falta de documentos e prestação de contas. Ele também é réu na ação que apura as responsabilidades pela explosão do restaurante.
 
O atual síndico José Diniz Nogueira, que assumiu o posto em fevereiro deste ano, afirma que nas próximas semanas o condomínio irá receber uma indenização de um processo contra a Cedae e acredita que com esse dinheiro será possível reabrir o edifício ainda este ano:
 
“Felizmente nós estamos recebendo possivelmente semana que vem uma quantia de uma ação. Esse dinheiro vai servir para nós fazermos o restante das obras e, se Deus quiser, reabrir o prédio no decorrer neste ano ainda, possivelmente no início de dezembro.”
 
Na Justiça, dez pessoas respondem processo por explosão qualificada pelo resultado morte, entre elas os donos do restaurante, peritos da prefeitura e o ex-síndico, que é acusado de ser omisso e não respeitar as regras específicas para o edifício. O restaurante era proibido de ter instalação de gás, o que ocasionou o acidente. No próximo dia 22 está marcada uma audiência de instrução no Tribunal de Justiça.

Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com