Ambiente

Uso da água

Medidas simples ou elaboradas ajudam a manter consumo nos eixos

Por Mariana Ribeiro Desimone

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014


 Risco de falta de água estimula condomínios a adotar medidas capazes de reduzir consumo em até 70%

As altas temperaturas do verão e a falta de chuvas já acenderam um alerta para o problema do baixo nível das represas que abastecem a cidade de São Paulo. Embora seja cedo para falar em falta de água ou até em racionamento, é hora de economizar e reforçar as campanhas de conscientização para o uso da água. Alguns condomínios estão aproveitando o momento para aprovar medidas de economia, que podem reduzir o consumo em até 70%. Desde ações simples até grandes obras como poços artesianos.
 
São medidas relativamente simples, mas de impacto grande e duradouro. “Podemos citar a substituição das torneiras manuais por torneiras temporizadoras, gerando economia de até 40%,  a troca de válvulas-hidra por caixas acopladas nos banheiros, além da captação da água da chuva para usar no jardim e até na limpeza”, disse gerente regional de condomínios da Auxiliadora Predial, Julio Herold.
 
Outras medidas recomendáveis são a colocação de medidores individuais, pois em grande parte dos prédios o sistema de medição ainda é coletivo, e a criação de campanhas educativas para os moradores e para os funcionários pelo uso racional da água.
 
“Normalmente a água representa 17% dos gastos dos condomínios, mas o tema é sempre motivo de discussão, ainda mais quando se lembra que a média de consumo individual do brasileiro está bem acima da média mundial”, explica Herold. Por causa do impacto dos gastos com a água no orçamento, alguns condomínios partem até para saídas mais onerosas a princípio, mas que vão trazer uma redução da conta de água e pagar o investimento em pouco tempo. Entre elas, a perfuração de poços artesianos, Em alguns casos, a água pode dar conta de todo o abastecimento do condomínio, reduzindo o valor a ser pago para a companhia de água e esgoto drasticamente e deixando os moradores fora de qualquer ameaça de racionamento.
 
“O poço artesiano dispensa o uso de bomba, a água jorra, mas o projeto tem que ser bem elaborado, porque senão há risco de perfurar e não encontrar nada”, disse Herold. Outra desvantagem está no grande espaço exigido para a realização da obra.