Administração

Vida em condomínio

Conhecer a convenção e o RI ajuda moradores a conviver melhor

Por Mariana Ribeiro Desimone

domingo, 22 de maio de 2011


 Minicidades desafiam os síndicos

Josi Costa

Condomínios são minicidades povoados por moradores dos mais diferentes hábitos, culturas e comportamentos. Quem mora em um condomínio sabe que não é nada fácil, mas também não precisa ser difícil.
 
Para tornar a convivência mais respeitosa e saudável possível, existe uma convenção e o regimento interno. Porém, muitos desconhecem as regras contidas nesses documentos ou não sabem aplicá-las.
 
Diante disso, eles recorrem ao escritório do Sindicato de Habitação e Condomínios (Secovi), em Maringá. A dificuldade começa em distinguir os direitos e os deveres de cada um.
 
A assessora jurídica do Secovi, Élida Mondadori, explica que na convenção condominial se estabelece as reuniões, assembleias, direitos, deveres e outros assuntos. Já no regimento, define-se as regras como horário de mudanças, reformas, convívio com animais, entre outras situações que podem ser mais flexíveis. 
 
Além dessas normas, há uma outra ferramenta condominial que pode evitar uma série de conflitos entre os moradores: a assembleia, um meio legítimo para discutir e propor melhorias, mas quase sempre é pouco valorizado. Além de participar dos debates, cabe ainda ao morador não só apontar o dedo para os problemas, mas sobretudo sugerir soluções.
 
A síndica Aparecida Boer cansou, mas depois voltou ao cargo a pedido dos moradores
 
Aos 70 anos, a síndica Aparecida Boer tem 13 de experiência, não consecutivos - ela ficou afastada por seis anos, devido a estresse. O ápice foi a discussão em torno da mudança da cobrança de taxa de água por morador e não por apartamento.
 
"Um grupo que se sentia prejudicado não me dava sossego. Pessoas que antes me apoiavam estavam criando confusão por um dinheiro que não ia deixar ninguém mais pobre e cuja cobrança era justa. Cansei e saí". Seis anos depois, Cida, como é chamada pelos condôminos, voltou por insistência dos moradores.
 
"Ser síndico parece simples, mas dá trabalho. Estou no cargo há três anos e já fiz várias reformas. E isso dá mais trabalho ainda", comenta. Agora, acolhida até por ‘quem a aborrecia’ na gestão anterior, a síndica voltou com mais garra. "Estou mais animada. As pessoas não precisam gostar de mim, mas devem respeitar o meu trabalho".

Viver em condomínio, cercado de segurança

 
É mais seguro - O porteiro, os muros, cercas elétricas, monitoramento de câmeras e a vigilância interna feita por vigias, especialmente durante toda a noite, tornam a o condomínio um local mais seguro para morar.
 
Boa infraesturura - A maioria dos condomínios já disponibiliza vários espaços de lazer aos moradores como academias de ginástica, quadras esportivas, piscina, churrasqueira, entre outros espaços. 
 
Vizinhança parecia - Boa parte dos moradores de condomínios é casada, tem entre 35 e 45 anos e de dois a três filhos menores de 15 anos. Essa homogeneidade torna os interesses mais comuns. 
 
A taxa de condomínio é baixa se comparada ao que se paga para morar em edifícios com número menor de moradores, mas de igual padrão.
 
Desvantagens - Como as áreas comuns são usadas constantemente, manter os limites de cada morador não é uma tarefa fácil para o síndico e mesmo para os moradores.
 
Falta de privacidade. É comum ter que compartilhar a música do vizinho, barulho da descarga, do toc-toc do sapato cedo demais quando se quer dormir até mais tarde, além de latidos. Ou pior: brigas de casais e cheiro de cigarro, bem como o barulho que ecoa do apartamento ao lado. 
 
É preciso cumprir regras de conduta para manter a boa convivência. Algumas regras como evitar barulho, depredar algum bem de uso comum ou fazer mudanças aos domingo e feriados é passível de multa. Vale exercer a tolerância.

Fonte: http://www.odiario.com