Síndicos e a paisagem paulistana
Outra administração municipal se inicia na cidade de São Paulo e, independentemente de quaisquer convicções político-partidárias, o fato é que a cada quatro anos as esperanças dos paulistanos se renovam, no anseio de metrópole que proporcione cada vez mais oportunidades para todos. É natural e desejável, neste momento, que haja a expectativa em torno de melhorias em todas as áreas que interferem na rotina dos cidadãos, diariamente, no transporte, saúde, educação, emprego, moradia e, principalmente, na qualidade de vida.
Nesse sentido, vale destacar o imprescindível papel dos moradores e, principalmente, dos síndicos que comandam o destino de 22 mil condomínios residenciais e comerciais da Capital paulista. Parte expressiva dos prédios de São Paulo possui mais de 50 anos de existência.
A paisagem inconfundível dos arranha-céus, aos olhos de quem se aproxima pelas rodovias que cortam a cidade ou pelas aeronaves que pousam em Congonhas, é típica de cidade que se verticalizou de forma vertiginosa, especialmente a partir da década de 1960. É neste cenário que a atuação dos síndicos pode, definitivamente, interferir positivamente na paisagem da Capital paulista. Em outras palavras, a ação dos síndicos pode torná-la mais bonita.
O estado de conservação dos edifícios pode contribuir de forma decisiva para que um bairro, rua ou conjunto de ruas pareça cuidado e preservado. Prédios malconservados podem tornar a região degradada e, consequentemente, desvalorizada. Diversas tecnologias podem ser colocadas à disposição dos condomínios, como elementos de proteção solar para a fachada, itens de acústica dos ambientes e substituição dos caixilhos, entre outros. Tragédias como a ocorrida no Rio de Janeiro podem ser evitadas, e os síndicos paulistanos, responsáveis legais pelos condomínios, devem atentar para esse aspecto, especialmente levando-se em consideração a idade avançada de muitos empreendimentos.
Há muitas outras maneiras por meio das quais os síndicos podem colaborar com o futuro da metrópole, implantando medidas de sustentabilidade que auxiliem a preservação do meio ambiente, estimulando o uso racional de água e energia elétrica e até mesmo adotando iniciativas com caráter de Saúde pública. Por meio de gestão inovadora, criatividade e mobilização dos moradores, os condomínios de São Paulo podem ser peças-chaves de uma São Paulo melhor, mais bonita, mais humana e acolhedora. Mãos à obra!
Antonio Couto é empresário.
Fonte: http://www.dgabc.com.br
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