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Ambiente

Desastre ambiental

AL: Colapso de mina já atingiu condomínios em Maceió

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023
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[Atualização] Afundamento de mina em Maceió desacelera para 0,3 centímetros por hora; cidade segue em alerta máximo

Região perdeu 7,4 centímetros nas últimas 24 horas, e total chega a 1,7 metro

A Defesa Civil de Maceió registrou, na tarde deste domingo, uma nova redução na velocidade de afundamento de uma das minas da Braskem, que pode colapsar a qualquer momento. Boletim divulgado pelo órgão afirma que a região do bairro de Mutange passou a cair 0,3 centímetros por hora, menos da metade do registrado no último balanço, de 0,7 centímetros/hora. A região afundou 7,4 centímetros nas últimas 24 horas.

Apesar da desaceleração, a localidade e as imediações da mina de número 18 ainda estão em alerta máximo em função do risco iminente de colapso. De quinta-feira, quando começou o monitoramento devido ao risco de colapso, até ontem o afundamento soma 1,70m. Na tarde de domingo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, minimizou possibilidade de deslocamentos de terra e afirmou que o cenário local é de estabilização.

Desde a quinta-feira, o órgão informa que a região está em estado crítico e em alerta máximo diante de um iminente colapso da mina de sal-gema. A situação fez com que cerca de 5 mil pessoas tivessem que deixar suas casas na última semana. Desde 2019, mais de 60 mil moradores se mudaram da região devido à gravidade da situação.

Relatório feito pela pasta federal afirmou que foi registrada uma redução no ritmo de afundamento na região, que registrava queda de 50cm diários no dia 30 de novembro, número que caiu para 15cm neste sábado.

Segundo o documento, a expectativa dos especialistas é de que, se houver desmoronamento, ele ocorrerá de forma localizada e não generalizada.

"Há, no momento, sensores instalados ao redor da área, que permitem monitoramento em tempo real pela Defesa Civil em Maceió. O SGB/CPRM destacou equipe especializada para acompanhar a evolução da situação", afirmou o relatório.

Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/12/03/afundamento-de-mina-em-maceio-desacelera-para-03-centimetros-por-hora-cidade-segue-em-alerta-maximo.ghtml

Colapso na mina da Braskem em Maceió: veja antes e depois de 'cidade fantasma'

'A dor é imensa, mas ninguém tirará nossas memórias', diz pichação em muro. Comércios, casas, prédios, condomínios inteiros foram descaracterizados e engolidos por vegetação

O risco iminente de colapso de pelo menos uma das 35 minas de extração de sal-gema da Braskem, em Maceió (AL), provocou a evacuação emergencial dos bairros Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol. De 2019 para cá, a área, às margens do Lago Mundaú, foi esvaziando até ganhar o aspecto de uma cidade fantasma. Comércios, casas, prédios, condomínios inteiros, não apenas ficaram desabitados, como também foram completamente descaracterizados — janelas, portas, portões, o que a população não levou, os abalos sísmicos colocaram abaixo. A vegetação também engoliu várias construções, contribuindo para o cenário "pós-apocalíptico".

De acordo com a Braskem, até agora, a desocupação da área em risco já chegou a 99,3%, totalizando 14.446 imóveis em quatro anos, ou cerca de 40 mil pessoas que precisaram sair. Com mais áreas isoladas nos últimos dias, o número de afetados já chega a 55 mil. O rompimento iminente do solo deve causar o surgimento de uma cratera gigante, que pode engolir parte dessas casas.

Veja abaixo imagens do antes e depois, que transformou o Mutange e proximidades:

Em nota, a Defesa Civil de Maceió afirma que o deslocamento vertical acumulado da mina 18 — que está sob risco de colapsar — é de 1,42m e a velocidade vertical é de 2,6cm por hora, e acrescenta que permanece em alerta máximo.

A recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

"A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas. O órgão reitera a recomendação de evitar a área desocupada do antigo campo do CSA (clube de futebol) por questões de segurança".

Veja o posicionamento da Braskem na íntegra:

"A Braskem continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange, tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências. Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas, como as que estão sendo adotadas no presente momento.

Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta.

Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração.

A área de serviço da Braskem nas proximidades da mina 18 está isolada desde a tarde de terça-feira. Ademais, a região onde está localizada referida mina (área de resguardo) já está totalmente desocupada desde 2020.

Desde a noite da quarta-feira, a empresa também está apoiando a realocação emergencial dos moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer na área de desocupação determinada pela Defesa Civil em 2020. Essa realocação emergencial foi determinada judicialmente na tarde da quarta-feira e está sendo coordenada pela Defesa Civil. Até o momento, 22 desses imóveis já foram desocupados e os trabalhos prosseguem.

A realocação preventiva de toda a área de risco foi iniciada em dezembro de 2019 e 99,3% dos imóveis já estão desocupados (dados de 31 de outubro de 2023)".

A extração de sal-gema em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019, e a Braskem afirma que "vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM)", e que "esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025".

"Das 35 cavidades, 9 receberam a recomendação de preenchimento com areia. Destas, 5 tiveram o preenchimento concluído, em outras 3 os trabalhos estão em andamento e 1 já está pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia. Além dessas, em outras 5 cavidades foi confirmado o status de autopreenchimento", acrescenta a Braskem. "As demais 21 cavidades estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho já foi concluído. As atividades para preenchimento da cavidade 18 estavam em andamento e foram suspensas preventivamente devido à movimentação atípica no solo. Todo o trabalho segue prazos pactuados no âmbito do plano de fechamento, que é regularmente reavaliado com a ANM".

Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/12/01/colapso-na-mina-da-braskem-em-maceio-veja-antes-e-depois-de-cidade-fantasma.ghtml

Afundamento do solo em Maceió: a cronologia das rachaduras em ruas e imóveis ao colapso das minas

Tremor de terra em 2018 chamou atenção para consequências da mineração. Afundamento do solo é 'risco iminente', alerta Defesa Civil.

Já se passaram 5 anos desde que os moradores do bairro do Pinheiro, em Maceió, perceberam as primeiras rachaduras nos imóveis, em 2018. O problema causado pela mineração se agravou, afetou outros quatro bairros e levou à evacuação de cerca de 60 mil pessoas. Na última segunda-feira (27), o alerta de colapso em uma das 35 minas da Braskem deu início a um novo episódio.

Até as 17h desta sexta (1), o solo da mina 18 para extração de sal-gema cedeu 1,43 m, segundo a Defesa Civil Municipal. Ao colapsar, o que pode acontecer a qualquer momento, a cratera pode atingir outras duas minas vizinhas e abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã.

Veja a cronologia dos fatos:

  • A mineração em Maceió começou na década de 1970, com a Salgema Indústrias Químicas S/A, que depois passou a se chamar Braskem. A extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, tinha autorização do poder público.
  • Em fevereiro de 2018, surgiram as primeiras grandes rachaduras no bairro do Pinheiro, uma delas com 280 metros de extensão. No mês seguinte, um tremor de magnitude 2,5 agravou as rachaduras e crateras no solo, provocando danos irreversíveis nos imóveis.
  • Já no início de 2019, o piso de um apartamento no Pinheiro afundou de repente e assustou os moradores. Novos buracos surgiram e a Defesa Civil Municipal precisou evacuar um prédio e interditar uma rua por questões de segurança.
  • Meses depois, moradores do Mutange e do Bebedouro, bairros vizinhos, também relatarm o surgimento de diversas rachaduras. Em algumas casas, o piso cedeu e as paredes apresentam grandes fissuras.
  • Em maio de 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, confirmou que a extração de sal-gema feita pela Braskem provocou a instabilidade no solo.
  • Só então foram emitidas as primeiras ordens de evacuação para moradores do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Com o problema se agravando, a ordem também foi ampliada para parte do Bom Parto e do Farol.
  • Foi somente em novembro de 2019 que a Braskem anunciou a decisão de fechar definitivamente poços de extração de sal-gema em Maceió.
  • A partir dessa decisão, um trabalho foi iniciado pela Braskem para fechamento e estabilização de 35 minas com profundidade média de 886 metros na região do Mutange e de Bebedouro. Segundo especialistas, esse trabalho levaria ao menos 10 anos para estabilizar o solo na região.
  • Desde então, mais de 14 mil imóveis precisaram ser desocupados, afetando cerca de 60 mil pessoas e transformando áreas antes habitadas em bairros fantasmas.
  • Um Programa de Compensação Financeira foi criado ainda no final de 2019 pela Braskem para indenizar os proprietários dos imóveis que tiveram que ser desocupados. Os moradores da região que discordavam dos valores oferecidos movem ação na Justiça contra a mineradora.
  • Em janeiro de 2022, já com grande parte dos bairros afetados desocupados, foi iniciada a demolição de 2 mil imóveis localizados na encosta do Mutange, a primeira etapa de um projeto de demolições em uma área com cerca de 200 mil m².
  • Após indenizar a maior parte dos proprietários dos imóveis das áreas desocupadas, a Braskem firmou acordo, em janeiro de 2023, para ressarcir a Prefeitura de Maceió em R$ 1,7 bilhão em em razão dos prejuízos causados à capital com o afundamento do solo.
  • Ao longo do ano de 2023, moradores do Bom Parto que ainda vivem na borda da área de risco realizaram diversos protestos cobrando inclusão no Programa de Compensação Financeira da Braskem, mas a Defesa Civil Municipal afirmava que não havia risco para essas moradias.
  • Contudo, após 5 tremores de terra somente no mês de novembro, a Defesa Civil de Maceió alertou para o "risco de colapso em uma das minas" próximo da lagoa Mundaú e os moradores do Bom Parto foram obrigados a sair de casa às pressas sob ordem da Justiça Federal, que autorizou até uso da força policial caso as pessoas resistam a deixar o local.
  • Na última quarta-feira (29), o Hospital Santório, localizado no Pinheiro, transferiu todos os seus pacientes para outras unidades de sáude, mesmo sem ordem para evacuação.
  • O professor da UFAL Abel Galindo, engenheiro civil com mestrado em geotecnia pela UFPB, avalia que há uma grande probabilidade de o desabamento da mina 18 afetar também duas minas vizinhas, formando uma cratera em que caberia o estádio do Maracanã na área da lagoa, tornando a água salgada e afetando o ecossistema na região "de forma bastante trágica".
  • A gravidade da situação levou a Prefeitura de Maceió a decretar situação de emergência, que foi reconhecida pelo governo federal nesta sexta-feira (1).
Fonte: https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2023/12/02/afundamento-do-solo-em-maceio-a-cronologia-das-rachaduras-em-ruas-e-imoveis-ao-colapso-das-minas.ghtml

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